* … para o amigo Maurício de Castro que não está na foto, mas estará sempre em nossos corações…
Há sempre quem desconfie dos causos que conto aqui, no blog, e nos livros.
‘Essa história aconteceu mesmo?’, duvidam.
Deixo a pergunta no ar.
Para ser sincero, não tenho uma resposta precisa.
Sim, não, sim… não…
Em todo caso, para que meus curiosos e fiéis cinco ou seis leitores não se sintam totalmente ao desamparo, trago-lhes hoje uma pista. Publico a foto em que aparece boa parte da turma da Velha Redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor.
Adianto logo que não estávamos no ambiente de trabalho e, sim, em lugar incerto e não sabido, em plena atividade etílico-musical.
Quase todos aí foram personagens de histórias que estão neste humilde espaço e no livro “Meus Caros Amigos – Crônicas sobre jornalistas, boêmios e paixões”.
Faltam alguns, é bem verdade. Mas vale o registro.
Por isso nem tentem identificar o indelével Escova, uma das figuras mais freqüentes nas minhas crônicas. O destemido Dom Juan das Quebradas do Sacomã escafedeu-se nessa ocasião – como em outras tantas – atrás de algum rabo de saia (aquele não perdia tempo, nem alvarás).
Também não me perguntem quem era o ilustre cara do violão, menos ainda como fomos parar naquele distinto muquifo em uma madrugada que se perdeu no tempo e – diria, não fosse a foto – na memória.
Depois de (in)certa hora – e fecharmos todos os bares possíveis e imagináveis – qualquer lugar era um bom lugar para essa turma de tranqueiras.
A foto (ou “o flagrante”, como se dizia à época) é do amigo e fotógrafo Walter da Silva – e o Barba aí da ponta, com pinta de mouro que caiu do caminhão de mudança, jamais direi quem sou.