O Degas aqui viajou para ver a arte e as manhas de Salvador Dali.
Por isso, o retorno ao blog demorou uns diazinhos a mais.
Barcelona, Girona, Andorra La Vella, Lourdes, Filgueres, Cadequés e de volta à Barcelona.
Foi um roteiro puxado, mas delicioso para esses dez, onze dias de viagem – inclua-se aí ida e volta ao meu Brasil brasileiro.
Dois países (Espanha e França) – e um principado, sorry periferia. A vida é dura.
Só nos resta viver, como dirá Ângela Rorô em tempos idos e vividos.
Outras tantas pequenas e belas cidades enfeitaram o trajeto feito de automóvel pelas boas estradas da Europa.
“Tudo é tudo. Nada é nada”, acrescentaria outro filósofo indiscutível da MPB (ainda existe a sigla?), primeiro e único Tim Maia.
E o tudo aqui, meus prezados cinco ou seis leitores, já me desculpando pela demorada ausência, não foi pouco: as aprazíveis colinas de Girona, a indiscutível nobreza de Andorra, a exuberância dos Pirineus, os peregrinos de Lourdes, a genialidade de Salvador Dali a dar vida e cor à pequena Filgueres (onde nasceu), os pequenos vilarejos da Costa Brava e, por fim, Barcelona, onde o contemporâneo e o lúdico se fundem em cores, gentes e time campeão de futebol.
Dias inesquecíveis.
E há quem condene o gosto do Degas aqui de entrar e sair de hotel, de seguir dia após dia de cidade em cidade.
— Que loucura é essa, meu rapaz?
E acrescentam:
— Isso lá é forma de descansar? O que você procura nessa correria toda?
O Degas nunca responde às provocações.
Raros são os que o entenderiam.
Quando viaja, não está em busca de nada especialmente.
Quer apenas encontrar a si próprio.