Memórias Póstumas de Brás Cubas
“Obra de finado. Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia.”
Namorados
“Os namorados é que são perpétuos.”
Ódio
“Não há nada mais tenaz que um bom ódio.”
Paixão
“Não há como a paixão do amor para fazer original o que é comum, e o novo o que morre de velho.”
Qualidade
“Tinha uma qualidade a mais, a nota aventurosa do caráter.”
Riqueza
“A riqueza compra até o tempo, que é o mais precioso e fugitivo bem que nos coube.”
Saudade
“Que é a saudade senão uma ironia do tempo e da fortuna.”
Tempo
“Matamos o tempo, o tempo nos enterra.”
Utopia
“No país em que o jornal, a tribuna e o teatro tiverem um desenvolvimento conveniente – as caligens cairão aos olhos das massas; morrerá o privilégio, obra da noite e da sombra; e as castas superiores da sociedade ou rasgarão seus pergaminhos ou cairão abraçadas com eles, como em sudários.”
Vitória
Vencera o perigo, cumpria vencer a morte.
– Ao vencedor, as batatas!
Xadrez
“Das qualidades necessárias ao xadrez, Iaiá possuía as duas necessárias: olho de guia e paciência beneditina; qualidades preciosas também na vida, que é um xadrez, com seus problemas e partidas, umas ganhas, outras perdidas, outras nulas.”
Zelo
“Onde quer que o zelo penetrou numa alma subalterna, fez-se cruel ou ridículo.”
Fonte:
“Machado de Assis – Memórias de Um Frasista;
Angela Canuto. Lemos Editorial, 2002. São Paulo