Agradeço aos caríssimos amigos, as ‘deixas’ que diariamente me dão e que se tornam assunto para este humilde blog.
Ontem, escrevi sobre o Lucas.
Hoje, não consigo escapar de algumas considerações o mau humor do preclaro Acácio.
Ele é publicitário, e me encontrou logo após uma reunião em que se discutiu a verba de apoio para a realização de um evento.
Deu-se o chamado ‘pega’ do cobertor curto. Cobre a cabeça, descobre o pé.
Os organizadores da tal feira queriam esticar o montante da grana.
“Precisamos isso, aquilo e aquel’outro.”
Já os bacanas do patrocínio ponderavam.
“Dinheiro não dá em árvore e cousa e lousa e maripo(u)sas.”
Parece que todos faltaram àquela aulinha básica do curso primário.
Lembram o tal denominador comum?
Pois é…
Ficou longe.
Marcaram outro encontro quando a ‘questã’ será melhor debatida, mas hoje deixaram a sala de reunião batendo os calcanhares.
Modestamente, recomendei ao amigo Acácio que use a estratégia do Abílio, grande Abílio, barbeiro que há mais de 60 anos tem ponto na rua Bom Pastor.
O cara é um sábio.
Eu vi a cena, por isso posso lhes afirmar que é absolutamente real.
Certa tarde, eu aguardava pacientemente para que o Abílio aparasse a minha barba, eis que chega um rapazote esbaforido.
— Abílio, só tenho cinco mangos. Dá para você passar a máquina um na minha cabeça. Tô com pressa.
O corte de barba ou cabelo custava 10 paus à época.
Abílio deu um sorriso e marotamente concordou. Só fez o reparo quando o rapaz fez menção de sentar na velha Ferrante de tantos e tantos carnavais:
— Nada disso, meu garoto, por metade do preço, corto seu cabelo de pé mesmo.
Nada mais justo. Mas, o garoto não topou.
— Pô, Abílio, assim é sinistro…