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Aguardarei a vacina…

Foto: Felipe Oliveira/ Treino do E.C. Bahia

Um amigo, Jorge Tarquini. Jornalista, escritor e professor comenta o post Amaro e a cidade – e também e generosamente traz seu depoimento.

O pessoal do Blog agradece a deferência.

Saí apenas duas vezes em 127 dias (completados hoje): uma vez para exumar meu pai e enterrar um tio e uma vez para ir até a casa da minha mãe, pois minha irmã que mora com ela quebrou o pé.

Da minha varanda vejo o Ibirapuera, assim como quando subo para correr na cobertura.

Morro de vontade de ir correr lá. Mas não irei.

Medo? Pode ser…

Virei um patife? Pode ser…

Mas minhas “doze patas” no chão (taurino, com ascendente em áries e Lua em touro) me levam a pensar: o que mudou do dia 12 de março (meu primeiro em isolamento) até agora?

Nada…

Ok, sabemos como minimizar riscos: máscara, distanciamento de X metros etc.

Isso eu entendo.

Porém, ainda não temos como minimizar os efeitos da doença (caso os riscos mínimos ocorram).

Sei, sei: uma hora, vou ter de vencer o medo que desenvolvi de sair de casa.

Quando eu era criança, qualquer medo passava com minha mãe passando sua mão na minha cabeça, conversando comigo e afagando meu rosto.

Aguardarei, então, a versão vacina desses gestos da minha mãe.

Enquanto isso, fico por aqui, olhando o parque pela janela.

Ainda nenhum comentário.

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