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Ainda sobre Gilberto Gil

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Foto: Fernando Young/Divulgação

O amigo Valdir Boffetti foi ao show de Gil na sexta.

Definiu assim o espetáculo:

“M_A_R_A_V_I_L_H_O_S_O!”

Digamos que este humilde escrevinhador não imaginou menos que isso.

Outro amigo, o Jorge Tarquini, também respondeu ao post de ontem

Tempo de celebrar. Gilberto Gil em SP:

“Vou hoje.”

Divirta-se, pois.

Eu e minha trupe estaremos no Allianz na pista na apresentação do dia 25.

Mesmo assim, deixo aqui, desde já, minhas impressões.

Confesso que sempre admirei a dignidade com que o cantor/compositor baiano conduz a brilhante carreira ao longo de 60 anos.

Era assim quando era garoto e o via, tropicalista arretado, na telinha da TV.

Meu povo, preste atenção/pra roda que eu lhe fiz/Quero mostrar a quem vem/aquilo que o povo diz…”

Era assim quando éramos jovens – e eu o entrevistei várias vezes como repórter e assisti a quase todos os shows que fez por aqui.

“O verdadeiro amor é vão.”

Era assim mesmo nos árido tempos da pandemia e do isolamento social.

Me acalmava a alma de vê-lo a cantarolar – voz e violão – lindas canções no YouTube.

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei/Transformai as velhas formas do viver.”

Sempre foi assim

Diria que o show mais marcante de Gil que vi aconteceu em meados dos anos 70, no Colégio Equipe. Um show promovido pelo então desconhecido ‘coordenador cultural’ do cursinho, um tal de Serginho Groisman. Foi numa tarde de domingo ensolarado que se perdeu nos desvãos do tempo-rei, mas está ainda viva em minha memória.

Gil apresentou, pela primeira vez, a versão de “No Woman No Cry” para uma plateia que se espalhava pelo pátio do Colégio. Havia gente até no telhado da escola. E o gélido temor de que os milicos poderiam chegar e acabar com nossa festa/celebração.

“Amigos presos/Amigos sumindo assim/Pra nunca mais/Tais recordações, retratos do mal em si/Melhor é deixar pra trás.”

Gil está com 82 atualmente.

Esbanja energia e vivacidade e talento.

E eu humildemente me esforço e estou a caminho.

(Toc, toc, toc…)

“Tem tempo que é de fogo. Tem tempo que é de água” – disse-me ele, com ares filosofais, certa feita, numa das tantas e tão prodigiosas entrevistas.

Perguntei, com a ingenuidade dos vinte e poucos anos, como Gil definia sua obra.

Ele me respondeu, objetivamente:

“Minha música é libertária. Sempre será.”

Por todas as lições de vida…

Mais ainda por todas as canções, aproveito para lhe agradecer.

Uma bênção acompanhar tão bela trajetória sob a égide de um Tempo Rei

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