“Quando surge o alviverde imponente…”
Sorry, periferia.
Vocês já perceberam qual o assunto de hoje.
O amor é verde, meus caros!
Branca é a paixão.
E, como diz o poeta Moacyr Franco, na canção que deveria tocar em todos os jogos no Allianz Parque:
“Eu plantei Palmeiras no coração”.
Então…
Mesmo tendo acompanhado o Verdão em quase todos os jogos aqui em São Paulo, ontem literalmente neguei fogo.
Preferi ver o jogo no aconchego do lar. O título já estava mais do que encaminhado. Haveria festa, recorde de público, multidão ensandecida, muvuca antes, durante e depois do jogo – seria uma longa jornada. Convenhamos, meus preclaros leitores, na idade em que estou, o melhor a fazer é não atrapalhar a alegria da rapaziada. Para lá rumaram meu filho, um penca de sobrinhos e amigos dos sobrinhos e, creiam vocês!, até um sobrinho neto. Todos lá estavam para viver o momento épico.
Não seria eu a estragar a festa.
“Vamos embora, moçada, que eu preciso tomar o remedinho das nove e deitar que estou bem cansado”.
Dei-me a cuidado de evitar essa triste lamúria. Até porque trago no meu embornal de torcedor uma pilha de incontáveis títulos de campeão de 1959 para cá. Na ocasião o Palmeiras de Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto, Zequinha e Chinesinho, Julinho, Américo Murolo, Nardo e Romeiro bateu o Santos de Pelé & Cia numa série Melhor de 3 (gol do título de Romeiro, cobrando falta) e se sagrou supercampeão paulista.
Vi o Palestra ser campeão em:
1960 – Taça Brasil
1963 – Paulista
1965 – Torneio Rio-São Paulo
1966 – Paulista
1967 – Taça Brasil
1967 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa
1969 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa
1972 – Campeonato Paulista
1972 – Campeonato Brasileiro
1973 – Campeonato Brasileiro
1974 – Campeonato Paulista
1976 – Campeonato Paulista
1993 – Campeonato Paulista
1993 – Campeonato Brasileiro
1993 – Torneio Rio-São Paulo
1994 – Campeonato Paulista
1994 – Campeonato Brasileiro
1996 – Campeonato Paulista
1998 – Copa Mercosul
1998 – Copa do Brasil
1999 – Copa Libertadores da América
2000 – Rio-São Paulo
2000 – Copa dos Campeões
2008 – Campeonato Paulista
2012 – Copa do Brasil
2015 – Copa do Brasil
Vou ficando por aqui. Para não cansar o querido leitor, não listei os títulos, taças e troféus de menor valor. Guardo os troféus Ramon de Carranza e a Taça Independência Brasil-Uruguai (em 65, quando o time todo do Palmeiras jogou com o uniforme da seleção) para nossas queridas e amadas discussões de botequim.
De qualquer forma, fica o registro. Até porque esse negócio de que o título deste ano acabou com um jejum de 22 anos nunca foi verdadeiro… E não se compara ao jejum-jejum daquele outro time. Aquele, sim, ficou 23 anos na fila, sem ganhar nada…