Lembram o deputado destemido do filme Tropa Elite 2?
Pois ele existe, sim.
(Nem tudo está perdido, amigos)
Tem nome e sobrenome: Marcelo Freixo, do PSOL.
Assim como o personagem, ele enfrentou as poderosas milícias cariocas, apesar dos riscos e das ameaças da bandidagem.
Freixo voltou ontem às manchetes dos noticiosos após a divulgação de que deve viajar hoje para lugar incerto e não sabido, amparado em convite da Anistia Internacional.
Só em outubro Freixo recebeu sete ameaças de morte caso não estanque o trabalho que começou a desenvolver como presidente da CPI das Milícias, na Assembléia Legislativa do Rio Janeiro e que adotou corajosamente como profissão de fé e bandeira.
O deputado, que tem planos de candidatar a prefeito, viaja com a família e promete voltar antes de dezembro. Enquanto isso, a banda boa da Polícia carioca tenta prender alguns dos ameaçadores, além de promover o que chama de “ajustes” para melhorar a segurança de Freixo.
De qualquer forma, é de se lamentar o fato – inclusive, a repercussão internacional justamente em um momento que o País tenta consolidar sua imagem no Exterior.
Toda e qualquer forma de perseguição e exílio remonta à época do regime ditatorial que nos assolou por mais de 20 anos.
Não poderia, e não deveria mais acontecer.
Não se trata unicamente de uma questão institucional – o Estado não pode ficar refém do crime organizado ou de qualquer poder que não seja o democraticamente constituído. Trata-se, sim, de uma questão maior, de respeito ao cidadão.
Eis um bom motivo para a tal rede social indignar-se e mostrar a força dos novos tempos, do Brasil que tecla, comenta, opina. Do Brasil que participa.