Deixo para depois a leitura da última crônica da antologia Para Ler Na Escola, de Carlos Heitor Cony, lançada recentemente pela Objetiva.
Como diria Odorico Paraguaçu, personagem de Dias Gomes em O Bem Amado, estou com a alma lavada e enxaguada em encantos e alguns remorsos por insistir, vida afora, em enfileirar letrinhas e imaginar-me também um cronista.
Sei, por ler em entrevistas, que Cony detesta arroubos elogiosos e me espinafraria até a décima quinta geração se soubesse que recorto e guardo as crônicas que publica (e lá se vão anos e anos) na Folha de S. Paulo.
Mas, eu o considero o melhor no gênero.
Estou mais convicto disso agora que li 99 por cento do novo livro.
Tenho uma penca de novos títulos para ler e mesmo alguns antigos que deveria ter lido, mas não o fiz. Ficarão todos para outro momento. Quero degustar as últimas linhas da obra na paz ensolarada desta manhã de domingo – e logo a seguir reler minha obra preferida de Cony: Quase Memória. Ou seria Pessach. A Travessia? Pode ser Antes, O Verão? Quem sabe A Tarde da Sua Ausência? Há ainda A Casa do Poeta Trágico, O Piano e A Orquestra, Pilatos…
Sei lá. Depois decido. Não lhe faltam obras primas.
Vou terminar minha leitura.
Bom domingo a todos…