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As gatas de botas

Este é um post de congratulações. E alerta!

Congratulações para os estilistas e, em conseqüência, as mulheres que adotaram essa moda de inverno – as cores sóbrias, os casacos de mil cortes, as echarpes e, principalmente, as calças justas por dentro das botas.

Que bela alquimia para os nossos olhos.

Se me permitem, com todo o respeito, vocês ficam lindas.

Gatíssimas.

Gosto de vê-las passar.

Não importa se o caminhar ressoa o tique-tique do salto agulha das botas canos longos. Ou se flanam num doce balanço, moderninhas, nas botas sem salto que as deixam, com ar de esportiva modernidade.

Se me permitem outra observação.

Evitem essas botas que têm aquele salto plataforma.

É um gosto pessoal, entendam.

Mas, aos olhos de leigos em estilo como eu, se assemelham aos pés de um astronauta ou de um robô, daqueles bem antiguinhos.

Deixam muito a desejar em termos de charme e elegância.

Um amigo mais brincalhão gosta de dizer:

— Parece que elas calçaram um trator. Um, não. Dois…

Imperdoável para este meu ‘compadre’ são aquelas botas em forma de coturnos.

Ele me fez um alerta: evite qualquer proximidade com as tais.

Não é por nada, não – diz ele. E contou uma traumatizante aventura pessoal.

Certa noite, encontrou uma moça lindíssima na balada. Papo vai, papo vem. Resultado: ficou com a moça e de tão alegre bebeu todas – não necessariamente nessa ordem.

No manhã seguinte, mal havia clareado ainda, o amigo acordou. Com uma baita ressaca, e sem lembrar direito o que havia acontecido na noite anterior. Tinha uma leve sensação de que havia se dado bem. Começou, então, a degustar aquele doce momento. Mesmo na penumbra, se pôs a vasculhar o quarto com os olhos. Os copos sobre a mesa do computador, a garrafa de vinho vazia, os jeans pelo chão…

Suspirou:

Que noite!

De repente, assustou-se.

Estranhou. Sempre preferiu mocassins – e agora estava ali: um par de coturnos gasto sobre o tapete junto à cama. Não pode ser, gritou.

— Que m ***, preciso parar de beber. Dormi com um sargento.