Um filme que me é inesquecível chama-se As Pontes de Madison (1995) que, dia desses, foi exibido em um canal da TV por assinatura.
Clint Estwood é o diretor e o protagonista, ao lado de Meryl Streep, num dos grandes momentos da carreira de ambos.
É uma obra intrigante, Dá o que pensar.
II.
Peguei a trama já em andamento, e não pude, por força de outro compromisso anteriormente assumido, ver a parte final, que é exasperante,
O sim e o não, por vezes, são muito próximos ao longo de nossas vidas.
Enfim…
III.
Pretendo revê-lo, pela enésima vez, qualquer fim de semana desses. Pois é o tipo de obra de arte que, a cada nova exibição, identificamos nuances e detalhes que nos encantam mais e mais.
Tem toda uma áurea de mistério, gosto de fruto proibido, o envolvimento de uma dona de casa (Streep, que estava sozinha no sítio, pois a família viajara) com o fotógrafo (Clint) que estava de passagem por ali para um ensaio sobre as famosas pontes.
A cena em que ela tem de decidir entre ficar com a família ou partir com o viajante é de tirar o fôlego, antológica.
Emblemática para quem tem, como eu, uma tendência a ficar imaginando coisas.
IV.
Penso nela sempre que estou em uma bola dividida.
“Somos as nossas opções”, ensinou-me, lá no mais antigo dos anos, um professor da ECA/USP, onde cursei jornalismo. “Mas, pagamos por nossos equívocos”.
V.
O que vocês fariam no lugar da moça?
Assistam ao filme, e fiquem à vontade para se pronunciarem nos ‘comentários.
Faço gosto em saber a opinião dês meus caríssimos leitores.
Juro que penso e repenso sobre a questão, mas não chego a qualquer conclusão.
VI.
Meu amigo Escova, que não deixa para amanhã o que hoje pode dizer, não tem qualquer dúvida sobre o que faria.
“Tentaria um denominador comum. Daria umas bicadinhas vez ou outra por ali, só para por a saudade em seu devido lugar.”
Falou o Dom Juan das Quebradas do Sacomã…