Aplausos para a merecida homenagem que hoje a Câmara Municipal de São Paulo presta ao jornalista José Hamilton Ribeiro. O título de Cidadão Paulistano é uma justa reverência ao repórter do século. Que certa noite assim falou aos estudantes de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo:
“Conheço duas interpretações sobre o jornalismo, uma francesa – irônica; uma italiana, galhofeira.
Apoiando-se no fato de que grandes empresários, lideranças políticas, escritores-campeões e chefes de Governo começaram como jornalistas – Winston Churchil foi repórter de guerra, Machado foi revisor, até o Sarney foi rato de redação – os franceses dizem assim:
“Jornalismo é a melhor profissão para se sair dela…”
Já os italianos pensam (desculpem se meu italiano não está perfeito):
Farei il giornalista é fastidioso ma é meglio di lavorare…”
(Ser jornalista é maçante mas é melhor que trabalhar…)
Quando digo isso no meio de colegas, levo bronca:
" O que é isso?! Jornalista trabalha e é muito!"
A questão básica é vocação.
Por certo aquelas celebridades que citei lá atrás não eram devidamente vocacionadas.
Nessas duas definições, não fico nem com a francesa nem com a italiana.
Acho jornalismo uma profissão importante, de grande relevância política , e que tem uma dependência básica: a liberdade, a democracia. Em países totalitários – de direita ou de esquerda – não existe jornalismo, como não existem dignidade e direitos humanos fundamentais.
Então, Viva o Jornalismo! Viva a Liberdade!”