Foto: Reprodução do Facebook
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Morreu Astrud.
Tinha 83 anos.
Morava na Filadélfia, Estados Unidos.
Vivia anonimamente ao lado do filho.
Era de Salvador, filha de mãe baiana e pai alemão.
Chamava-se Astrud Evangelina Weinert.
Mas, ganhou fama e o mundo como Astrud Gilberto
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Astrud Gilberto, repito.
A que foi mulher de João, o inventor da bossa-nova.
A que impressionou o músico Stan Gets ao cantar a versão inglês de “Garota de Ipanema” e assim fez a canção/hino da nossa bossa nova ganhar o tal Planeta azulado.
Foi a primeira mulher a ganhar um Grammy.
Dizem que o próprio João se surpreendeu com a afinação da então amada.
E da concorrência dentro da própria casa.
Será?
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Pode ser.
Eles foram casados de 1959 a 1964.
Dizem tantas coisas das esquisitices de João que eu não duvido, nem desduvido.
Stan e João gravaram um disco histórico, início dos anos 60. Repleto de clássicos do gênero.
Astrud entrou no vácuo. E melodiosamente dominou a cena.
Eu diria – tal e qual João, se é que o fez – surpreendente também a todos nós.
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Tem mais.
Era linda.
Estilosa.
À moda das top_models que emolduraram aqueles ditos e inesquecíveis anos atribuladamente dourados.
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Leio hoje em seu obituário que viveu cercada pelos grandes nomes do jazz.
Posso imaginar.
Se alguém me perguntar sobre figuras emblemáticas para um almanaque do século 20, especificamente da década de 60.
Não teria dúvidas em indicar Astrud entre os tais.
Ela, a cantar Garota de Ipanema.
Desconfio que começou aí a onda de ser descolado e chique.
Melhor do que ninguém, creio, Astrud personificou a menina-mulher de então quando romanticamente era possível o sonho de ser o que se é.
E já nos bastava.
Bendita, Astrud.
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O que você acha?