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Até quando…

Faz alguns dias li no Blog do Juca as considerações do advogado e auditor do TCE do Rio Grande do Sul, Paulo Doering. Concordei em gênero, número e grau com tudo o que ele ponderou sobre o caos que assombra o futebol brasileiro – e, de resto, toda a sociedade – a partir da repercussão do trágico episódio que resultou na morte do jovem boliviano, no jogo Corinthians e São José.

É uma análise perfeita.

(Procurem no Google que vale à pena.)

II.

Dois ou três dias depois, surpreendo-me com outro post do advogado, no mesmo Blog do Juca, a defender-se, também de forma brilhante, dos comentários que os internautas despejaram ao ler o primeiro texto – “Jô Soares Tem Razão”.

Fui ler o teor do que dizia um bom número de internautas, meus caros – e fiquei desalentado…

Não à toa, o segundo texto chama-se:

“Analfabetismo Funcional e Respeito à Constituição”.

Que termina assim, simplezinho e contundente:

“Eu que amo o futebol, não aceito o fato.

Desde os 9 anos vou aos campos, levado pela mão do meu velho pai, já falecido.

Hoje, levo os meus filhos e não quero passar – e que ninguém passe – pelo que
sucede com os pais do menino Kevin Espada.

Eu levanto a minha voz.”

III.

Ontem, corajosamente, outra voz se levantou: a do presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, em desagravo á estupidez que aconteceu no aeroporto de Buenos Aires.

Ao levantar a bandeira de punição rigorosa e fim das regalias das “uniformizadas”, Nobre pediu a adesão dos demais dirigentes de clubes e ele próprio se incumbiu de fazer os primeiros contatos com autoridades de todos os níveis – municipal, estadual e federal.

É um começo…

Mas, que fique claro, outros setores da sociedade precisam se engajar nessa luta.

Inclusive, nós, da Imprensa, que, vez ou outra, não dizemos a verdade com todas as letras.

Até quando vamos tolerar o terror a rondar nossos estádios?

IV.

Ainda na esteira dos acontecimentos da Argentina, Vitor Birne, também no Blog aqui no Uol, registrou a incômoda pergunta que recebeu no twitter (@calloni):

“Estaria sendo muito apocalíptico ao prever que estamos a cada dia mais próximos da primeira morte de jogador por um “torcedor?”

Ressalto: nada justifica essas tragédias mais do que anunciadas…

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