Vanessa reinventou o sorriso.
Salvou a viagem…
II.
Fartei-me a valer das delícias
da culinária mineira. Sem remorsos, ok?
Desconfio que agora vou fartar
vocês com as histórias que recolhi por lá.
Tentarei ser breve.
Mas, não prometo…
III.
Lembram de um velho sucesso
da Globo chamado Você Decide?
Então, só emplacou uma boa audiência
em Minas depois que mudou de nome.
Passou a se chamar Você Rezolve, Uai!
Assim mesmo com Z no lugar do S…
IV.
Na cidade de Cordisburgo, existe
a Gruta do Maquiné, descoberta por
um português, de sobrenome Maquiné,
lá pelo século 19. Seis dos oito salões
gigantescos da caverna estão abertos
à visitação pública e formam
um espetáculo lindo de se ver.
Mas, a história que mais diverte
os conterrâneos de Guimarães Rosa
contar é a da ossada de um bicho preguiça
encontrada por pesquisadores estrangeiros
nos arredores da caverna.
Viveu há milênios por ali e tinha
nada menos que seis metros de altura
Os cordisburguenses garantem
que o tal esqueleto está num museu
de zoologia num país da Escandinávia
que, confesso, não guardei o nome…
Explico.
O homem interrompeu o tom sério
da explanação para fazer uma comparação.
— Se já naquele tempo o bicho tinha
esse tamanho por aqui, imagine o monstro
que devia ser a preguiça baiana…
Achei uma maldade.
Mas, não consegui parar de rir…
V.
Sabem como surgiu o nome
Pé de Moleque para aquele doce
de amendoim que, se vacilar,
quebra o dente da gente?
Pois foi em Minas, uai.
Que duvida…
Seguinte.
As donas de casa faziam
os doces do forno e, para deixar
esfriar e pegar o ponto, deixavam
sobre o parapeito das janelas.
Eram casas simples e as paredes
— e obviamente as janelas – davam
para a rua. Ficavam ali a fumegar…
Uma tentação para a garotada.
No primeiro vacilo da cozinheira,
os meninos iam lá e, zil,
atacavam o prato e fugiam…
As mulheres ficavam uma ‘arara’
porque muitas vezes, no afã de catar
um docinho, derrubavam tudo e assim
se perdia o trabalho que tiveram…
Nessas horas, enraivecidas,
elas gritavam:
— Pede moleque! Pede moleque!
Daí, surgiu o nome.
(Não briguem comigo.
Foi o que me contaram
e eu acreditei.)
VI.
Querem outra?
Lá vai…
E a expressão “feito nas coxas”
de onde vem?
Não se assustem.
Não é o que vocês estão pensando.
Somos um site/blog ajuizado,
sem linguagem chula ou vulgar.
Vem da fabricação de telhas.
Telhas. Isto mesmo. Inocentes telhas
para cobrir as casas da região.
A argila tinha como molde
as pernas das escravas. Por isso,
não saíam exatamente iguais.
Ficavam imperfeitas.
Até porque havia sempre
uma escrava mais taludinha
que a outra…
Os sinhozinhos, que o digam…