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Brevíssimas

assim…
entre um pensamento e outro…
entre um email e outro…
entre um texto e outro…
entre um café e outro…
(cigarro, não porque não fumo)
entre um chato e outro (porque existem
e são tantos e quase sempre nos encontram)…
entre um filme e outro…
entre uma música e outra (ou mesmo durante
porque música é o que há)…
depois de sorrir por nada…
de suspirar por tudo…
quando se está ao volante do carro…
na esteira da academia e o batimento sobe…
ao olhar a chuva sobre a cidade (como agora)…
ao ler a notícia no jornal e fazer o comentário
em voz alta (cadê vc pra ouvir?)…
por sobre todos os riscos…
principalmente quando se está
em silêncio e não se entende
e mesmo assim se quer…
e quer…
mesmo distante e inexplicável…
assim..
se quer e quer…
mesmo assim…
assim…

II.

oi …

achei na minha carteira um pequeno papel, no qual estava escrito:

” em resposta ao seu e-mail existencial, sei que muito pouco posso
esclarecer… digo-lhe, porém, cara amiga, que um homem só é capaz
de revelar sua alma quando ama… no entanto, nunca é demais lembrar
que amar é verbo intransitivo… e o único complemento que vem depois dele é
a imensa e definitiva saudade das coisas que se perderam.”

quando li este e-mail morri de vontade beijar vc… naquele dia e
hoje…

[Texto publicado no livro “Volteios – Crônicas, lembranças e devaneios”]