O futebol é paixão desde a infância.
Duas das maiores alegrias que o esporte me deu, o grande Carlos Alberto Torres foi protagonista.
A primeira delas, o êxtase do quarto gol da seleção brasileira na final (4×1) contra a Itália na Copa do Mundo de 1970. A emblemática jogada que começa com Clodoaldo, passa por Gerson e Jairzinho; de Jairzinho para Pelé e, deste, bola rolada rente à grama, para o chute final do Capita.
A outra alegria se deu no momento seguinte: pela primeira vez, os brasileiros puderam acompanhar ao vivo pela TV o gesto nobre de um capitão da seleção brasileira erguendo a taça de campeão do mundo.
Bellini e Mauro, que o antecederam no ato nas Copas de 58 e 62, não tiveram esse registro em tempo real. Só os vimos levantando o caneco dias depois em filmes em preto e branco ou por fotos. Assim, ao vivo, só o Capita fez até então – e, de forma, inigualável.
Foi uma alegria indescritível.
Não sei como defini-la.
Eu tinha 19 anos e todos os sonhos do mundo.
Acreditava piamente no Brasil e no futuro.
À moda de Carlos Alberto, saberíamos dar um pontapé certeiro em todos os problemas que nos afligia.
Ainda hoje, tantos e tantos anos depois, lembro aquele momento – e aquele sentimento – com muita emoção.
O Capita hoje se foi…
Mas, estará sempre em nossa história.