Foto: Reprodução
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Meus amigos,
Fernando Sabino, o notável cronista mineiro, completaria ontem 100 anos.
Mineiro de Belo Horizonte, grande parte de sua trajetória literária (e jornalística), ele a brilhantemente cumpriu no Rio de Janeiro, com repercussão em âmbito nacional e internacional.
Dito e Feito era o nome da coluna de crônicas que Sabino escrevia e era publicada em diversos jornais brasileiros.
Era semanal – e uma felicidade acompanhá-lo em suas aventuras e narrativas.
Muitos desses textos foram incorporados à sua obra em livros depois de publicados em papel jornal.
Não preciso dizer – mas, digo –que Sabino foi referência a muitos jornalistas da minha geração.
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Sou um deles.
A bem da verdade, um privilegiado.
Recebia as colunas em primeira mão aqui em São Paulo.
Como?
Pura sorte.
Era o meu ‘Encontro Marcado’.
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No início dos anos 80, o jornal em que eu trabalhava acertou um contrato com uma agência de notícias para publicar as maravilhas de Sabino na Capital paulistana.
Sobrou para mim a tarefa de editar a coluna Dito e Feito.
Eu deveria ler o texto (oba!), contar o número de linhas para saber o espaço que ocuparia e ajeitá-la para a diagramação.
Sempre lhe arranjava um espaço nobre, para deleite do leitor – e meu (que depois de impresso, voltava a ler o texto, com devoção).
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Ainda lembro o envelope beje que eu recebia, com as três laudas da coluna.
Disse lá em cima que sou um privilegiado e agora vocês sabem o porquê.
Lia semanalmente a coluna do Sabino e me deliciava, além de aprender que texto jornalístico não é apenas técnica: pode ser também emoção e criatividade.
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Querem saber?
O encontro com a obra de Sabino foi determinante ára moldar o jeito que escrevo.
Se não faço melhor, creiam: a culpa é única e exlusivamente minha.
Deste mal-ajambrado escrevinhador que não passa de ” grande mentecapto”.]
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O que você acha?