Foto: urna eleitoral/Alejandro Zambrana/Secom/TSE
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Dizem-me que, nesta semana, devo focar meus escritos no dia a dia das campanhas eleitorais.
O pleito municipal será no domingo, dia 6.
Tais eleições serão os indicadores do que virá em 2026.
Especialmente nas grandes cidades – como São Paulo, por exemplo -, o resultado pode nos oferecer um mapeamento de quem serão os presidenciáveis e os possíveis candidatos a senadores. Indicarão os ‘favoritaços’ da vez.
“Temos que escolher nossos candidatos com consciência” – é o alerta que recebo da amável leitora.
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Eita…
Sobre o mesmo tema, recebo de amigos o lamento que, creio, merece registro.
Estão enfastiado do que veem e ouvem sobre a atual corrida eleitoral.
“Baixíssimo nível.”
“Cenário desolador.”
“Políticos e essa politicalha me cansam.”
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Eu os provoco – e lhes questiono se não irão às urnas.
São unânimes na resposta.
Dizem que já escolheram seus candidatos na base da exclusão.
E que, assim como eles, é “chover no molhado” tentar convencer alguém a mudar de opinião.
“Uma questão de princípios, de ter um lado, ser ou não ser humanista, a favor da democracia.”
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Não preciso dizer, mas digo, a fala acima é do meu amigo Poeta.
Às vezes, quando ele se manifesta, mesmo no whatsapp, eu o imagino numa tribuna a discursar.
Ele é corintiano -portanto, somos cordiais e ferrenhos rivais.
Não perco a oportunidade e o provoco:
“Está feliz com a demissão do Tite do Flamengo? Agora ele vem para o Coringão”
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Ele me ignora legal.
Prossegue na sua tribuna digital (e imaginária) a clamar contra a privatização da Sabesp (onde seu pai fez carreira por longos anos e foi prejudicado por politicagem), contra os desmandos do último governo, contra as oscilações do governo Lula, contra a Jovem Pan, contra a Globo News, contra tudo e contra todos.
Perdeu o controle.
Queria provocá-lo sobre o iminente rebaixamento do Timão.
Mas, penso um tantinho e fico apreensivo. Pergunto-me se, por acaso, eu não corro o risco de levar, pelo zap, uma cadeirada virtual, e perder a amizade.
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O que você acha?