Só hoje vou falar do meu Palmeiras.
Dei um dia para assentar a poeira e ler tudo os que se escreveu sobre o lamentável episódio.
Só não fui desestressar na praia do Leblon, como um certo senhor de cabelos retintos, por dois motivos:
1-em São Bernardo do Campo, onde moro e trabalho, hoje não é feriado;
2-não estou alegre, nem triste com o rebaixamento
Há quem diga que o futebol mexe com nossas emoções mais primárias.
Mas, como dizia outro simpático palestrino nas mesas-redondas que outrora apresentava, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
– No pique. Nossos comerciais, por favor…
II.
Ops. Me empolguei um tantinho.
Voltemos ao tema.
Aproveitei o tempo que me dei, para me informar sobre a triste realidade.
Li muita bobagem.
A inevitável caça às bruxas pontuou o noticiário.
Ora Felipão, ora Tirone, ora Valdívia, ora a Copa do Brasil, ora as más contratações e as disputas políticas do clube apareceram como culpados absolutos.
Muito achismo, pouca informação.
III.
Na condição de torcedor, percebi que ninguém lembrou as arbitragens que prejudicaram a equipe em cinco ou seis jogos – o que só ajudou a aumentar o desespero em campo.
Um pontinho aqui, dois ali, fazem falta nesta reta de chegada.
Domingo mesmo, o pênalti no atacante Barcos foi escandaloso.
Mas, é do jogo.
Vida que segue…
Quando os tais deuses da bola não querem, não querem – e ponto.
IV.
Legal mesmo foi ver, à noite, o jornalista José Trajano no programa Linha de Passe, na ESPN/Brasil.
Trajano é das antigas – e trata das coisas do Planeta Bola sem o academicismo de alguns (que adoram cientificar o futebol) e o passionalismo interesseiro de outros.
Passa longe da mesmice.
É um baita jornalista que, do nada, construiu a ESPN/Brasil, que é hoje referência na cobertura esportiva no País.
V.
Trajano simplesmente mudou o tom do chororô e dos comentários.
Falou que o Palmeiras pode ter um ótimo 2013.
Vai participar do Paulista que é sempre um título importante para quem vence.
É um dos brasileiros que está com vaga garantida na Libertadores, caso vença pode
estar no Mundial de Clubes em dezembro do ano que vem.
Vai inaugurar uma arena hiper moderna, em setembro.
E, de quebra, participa da Copa do Brasil em novo formato no segundo semestre.
A Segundona entra, de quebra, nesse pacote.
VI.
Para tanto, enfatizou o jornalista, precisa começar a trabalhar desde já na remontagem da equipe. E, principalmente, promover a pacificação e a unificação das diversas correntes políticas que atuam no clube, sempre visando a grandeza do Palmeiras.
Exatamente aí que a coisa pega.
Não vai ser fácil, convenhamos.
Mas, não é de todo impossível…
Avanti Palestra!