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Considerações sobre o mundo da bola II

Habemus papam!

Ou melhor, saiu o nome do técnico da seleção.

Luiz Felipe Scolari.

Nenhuma novidade.

Amanhã será feito o anúncio oficial pela CBF.

Carlos Alberto Parreira deverá ser o supervisor de seleções.

Vida que segue…

II.

Voltemos ao post de ontem…

Terminei dizendo que andava meio fuleco, assim como o tal tatu-bola, pois vivi esses quase 60 anos falando de futebol, jogando futebol (era quarto-zagueiro), assistindo a partidas de futebol, me emocionando, rindo e chorando com o mundo da bola.

Depois de tudo isso – e outros tantos –, leio no jornais que o que vi não é futebol.

Ora porque o jogo era pegado.

Ora porque o becão dava um chutão para o alto.

Ora porque o lateral chegava mais junto.

Ora porque todo mundo era um tanto malandrinho.

Ora porque a correria era solta e divertida.

Valia a emoção…

III.

Isto, meus caros, nunca foi futebol.

Fico sabendo agora nos jornais, em portais e nos programas esportivos de TV.

Nomes renomados da mídia esportiva me ensinaram que futebol é o que o
Barcelona joga – ou melhor, jogava no tempo em que Pep Guardiola estava por lá.

Dizem mais, os notáveis senhores:

Aquilo, sim, é a essência do futebol brasileiro.

Quem sou eu para desmenti-los,

IV.

Eu adorava ver os rompantes de Vavá, o peito de aço, fazendo gol do jeito que desse e a bola viesse.

Vibrava com os “carrinhos” de um Altair, lateral do Fluminense e da seleção
brasileira, para cortar o caminho de um ponta atrevido.

Por falar em ponta, Garrincha era um espetáculo a parte dentro do jogo. Quando a bola lhe caía nos pés, parece que os demais boleiros tornavam-se meros espectadores de seus dribles e da sua ciência.

Pelé, meus caros, quem viu, quem não viu…

Não será o Youtube que vai lhes descrever a aflição e o encantamento de estar em um estádio e vê-lo partir em direção ao gol.

Era tudo muito mágico. Único…

V.
Arrisco em dizer que, afora os arroubos criativos do Messi, nada lembra o rodar e rodar a bola do Barcelona de hoje.

Aliás, registre-se, atrasar a bola para um zagueiro era uma heresia.

Para o goleiro, então, vaia na certa.

Esse negócio de ficar tocando e rodando e rodando – se bem me lembro – era mais da ‘escola’ argentina — e do futebol de salão de tempos idos, quando a bola pesava uma tonelada.

Enfim…

VI.

Só toquei nesse assunto porque ouço os distintos, na maior pose, que falam e falam.

E quis também dar meu dedinho de prosa sobre o assunto.

Mas, no fundo, no fundo, queria mesmo dar boas vindas à dupla Felipão/Parreira.

Estou com o craque Romário.

Torço por eles.

E por nós…