Conversei com alguns dos meus cinco ou seis leitores de ontem para hoje.
Mostraram-se felizes com a marca de 3.500 posts alcançados e quiseram me parabenizar.
Alguns aproveitaram para me fazer algumas perguntas sobre os bastidores do Blog.
Muitos queriam saber por onde andam alguns dos personagens que protagonizaram nossas historietas com mais frequência – e por que se fazem mais ausentes que presentes?
Meus caros, essa turma é incontrolável. Escova, Poeta, Marceleza e Cia chegam a hora que bem entendem e, da mesma forma, caem fora na maior.
Resta a este humilde e abandonado autor a borboletar à cata de temas e assuntos.
É minha sina!
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Um deles me lembrou o Dr. Nicola, taxista e psicólogo, que usava das artimanhas das corridas e do consultório para desenvolver sua tese de doutorado, com o soberbo título “Mulheres Que Amam Demais”.
Eu mesmo havia esquecido o Nicó (era assim que o chamavam no ponto de táxi).
Uma das últimas crônicas que escrevi sobre ele foi em maio de 2012 – e o tema era exatamente este:
No dia seguinte, ele respondeu.
Disse que abandonou tudo e foi morar no Caribe. (leia aqui)
Não sei a quantas anda e se ainda está por lá.
Mas, se a coisa apertar, sempre terá a alternativa de voltar a São Paulo e ser um motorista de aplicativo.
Experiência para tanto e conhecimento das quebradas paulistanas, ele tem.
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Houve quem me perguntasse sobre o processo de escrever diariamente.
Não tenho uma resposta conclusiva.
Deixo acontecer.
Acho que os truques e os traquejos que trouxe das redações por onde andei me calejaram para a tarefa.
É mais transpiração do que inspiração. Posso lhes adiantar.
Um olho no noticiário do dia; outro no que acontece ao nosso redor, ao cotidiano das pessoas simples, sensatas e sinceras.
Nosso cronista maior, Rubem Braga, define a sina de quem vive de alinhar palavras, uma após outra, como o imprudente ofício de “de viver em voz alta”.
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Outra questão que me fizeram sobre acompanhar diariamente o trágico noticiário político desses dias turvos…
Também não soube responder objetivamente.
O Blog nasce em 25 de setembro de 2006 por motivos bem pessoais. Como aquele verso da canção do Lulu Santos, “é uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de convencer”.
Apenas mais uma de amor.
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Por isso, amigos, eu preferiria não escrever sobre o Nefasto, o Nosferatu e a bandalha generalizada que os acompanha dia sim e outro também.
Vão acabar com a amada Toscoland – e, como determina aquela tradição secular dos vampiros, nós, eleitores, que lhes demos permissão para entrar e saciar-se à vontade em nossa casa/país.
Infelizmente.
Por mim, como disse, eu os deixaria fora deste espaço. Mas, tem dia que é impossível não botar a boca no trombone.
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Resumo da ópera.
Continuo sendo um opaco cronista de jornal. Desde há muito, sem jornal; só na web.
Escrevo para viver – rumo aos 4 mil posts e novos livros.
Que o imponderável Sr. Destino nos recoloque na rota da verdade, da justiça social e do amor.
O que você acha?