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Coração louco

Acabo de ver o filme Coração Louco em um desses canais de TV a cabo.

Uma bela surpresa, dentro da madrugada insone, a história do cantor de música country Bad Blake, magnificamente interpretado por Jeff Bridges.

Blake é um astro decadente, corroído pelo álcool, e tenta recompor sua vida – e carreira – a partir do envolvimento com a jornalista Jean (Maggie Gyllenhaal).

Não se trata de açucarada aventura de amor, mas um tocante relato de vida. Com roteiro adequadamente equilibrado entre o poético e o real.

A trilha sonora tem encaixe perfeito às nuances das tramas – e, olhem, que não sou lá um grande fã do gênero.

Desconfio que, da minha parte, houve uma identificação natural com o protagonista (apesar de não ter nenhum talento musical, e embora só tome coca light). Quem já embicou ou está prestes a embicar nos 60 (o personagem diz no filme que tem 57 anos) traz angústias habituais aos que já percorreram significativa parte da longa estrada da vida. Normal, creio, esse acerto de conta que revolve erros, acertos e sonhos que se perderam pelos desvãos da jornada.

Bom constatar que é sempre possível o recomeço.

O filme tem a direção segura de Scott Cooper, e foi realizado em 2009.

O que me traz outra inequívoca constatação: preciso voltar aos cinemas com mais frequência.