Completamos ontem 2700 posts nesses quase 10 anos de Blog.
Diria que é quase um milagre.
Não imaginava tamanho fôlego quando, em 25 de setembro de 2006, dei início à brincadeira de escrever diariamente quase todos os dias.
A ideia partiu da amiga Leila Kiyomura, de idos tempos da Gazeta do Ipiranga, numa tarde pré-whatsaap, enquanto trocávamos emails. Eu lhe disse da falta que me fazia a coluna que semanalmente escrevi em Gazeta do Ipiranga durante mais de 20 anos.
Estava longe das redações.
Era um cronista de jornal sem jornal, desconfio que cheguei a me lamentar.
Pois, escreva – me disse a amiga.
E sugeriu:
– Por que você não faz um blog?
Fiquei ruminando aquela ideínha, sempre afastando qualquer possibilidade de aceitá-la.
Envolvido com a lida da Universidade, que tempo teria para os meus causos e crônicas?
– Sempre se arranja tempo para fazer o que se gosta.
(…)
Acabei seguindo o conselho da Leila, também jornalista e brilhante repórter do Jornal da USP.
Aliás, faz um tempinho que não tenho notícias da moça.
Enfim…
Se algum – ou todos – dos meus cinco ou seis fiéis leitores (estão aí?) quiserem reclamar, ela é a responsável primeira e, como disse, não sei por onde anda.
Portanto, desde já, aviso: não percam seu tempo. Porque na verdade o maior culpado das bobagens que eu posto diariamente (ou quase) sou eu mesmo.
Me é impossível viver sem escrever.
De onde vem essa necessidade?
Não sei dizer.
Para onde vou com tamanha pretensão?
Também não sei.
Quem sabe eu faça um novo livro reunindo por temas as bobagens que aqui registro. E depois outro e depois mais outro…
(…)
Atenção!
Isso não é uma ameaça.
Como diz aquele distante profexô é só um “projeto”.
Um desafio.
Um sonho a ser realizado…
(…)
Por enquanto, eu continuo por aqui…
a falar ‘da alma encantadora das ruas’ (João do Rio),
a reverenciar a memória de amigos que se foram,
a agradecer o carinho dos que estão por aqui,
a contar causos que me divertem,
a lembrar músicas que enlevam
versos que emocionam,
a lhes dar toques e retoques…
Para que nosso cotidiano tenha um tantinho mais de doçura e magia.
Para que estejamos, de alguma forma, sempre juntos partilhando essa aventura que chamamos vida.
Vem comigo…
