Foto: Jô Rabelo
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O Blog completou ontem 13 anos.
Assim, suave, de boa fé. Sem que eu mesmo me desse conta.
São quase 4 mil posts.
Diria que é quase um milagre.
Não imaginava tamanho fôlego quando, em 25 de setembro de 2006, dei início à brincadeira de escrever diariamente quase todos os dias.
Permitam-me, pois, um momento de reflexão neste dia.
Busco inspiração no post Cotidiano Blogar que escrevi em fevereiro de 2016 e que é uma carta de intenções desta jornada.
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A ideia partiu da amiga Leila Kiyomura, de idos tempos de Gazeta do Ipiranga, numa tarde pré-whatsaap, enquanto trocávamos emails. Eu lhe disse da falta que me fazia a coluna que semanalmente escrevi em Gazeta do Ipiranga durante mais de 20 anos.
Estava longe das redações.
Era um cronista de jornal sem jornal, desconfio que assim cheguei a me lamentar.
Pois, escreva – disse a amiga.
E sugeriu:
– Por que você não faz um blog?
Fiquei ruminando aquela ideiazinha, sempre afastando qualquer possibilidade de aceitá-la.
Envolvido com a lida da Universidade, que tempo teria para os meus causos e crônicas?
– Sempre se arranja tempo para fazer o que se gosta, insistiu ela.
(…)
Acabei seguindo o conselho da Leila, também jornalista e brilhante repórter do Jornal da USP.
Insensatez?
Ou um doce delírio?
Enfim…
Hoje tantos anos depois, reitero:
Me é impossível viver sem escrever.
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De onde vem essa necessidade?
Não sei dizer.
Para onde vou com tamanha pretensão?
Também não sei.
Quem sabe eu faça outro livro (o sétimo) reunindo por temas as bobagens que aqui registro.
E depois outro e depois mais outro…
(…)
Atenção!
Isso não é uma ameaça.
Como diz profexô e filósofo Luxemburgo, é só um “projeto”.
Um desafio.
Outro sonho a ser realizado.
Viver, escrever, sonhar.
(Não necessariamente nessa ordem)
(…)
Por enquanto, eu continuo por aqui…
a falar ‘da alma encantadora das ruas’ (João do Rio),
a reverenciar a memória de amigos que se foram,
a agradecer o carinho dos que estão por aqui,
a contar causos que me divertem,
a lembrar músicas que enlevam
versos que emocionam,
a cutucar os poderosos e insensíveis,
a lhes dar toques e retoques…
Para que nosso cotidiano tenha um tantinho mais de doçura e magia.
Para que estejamos, de alguma forma, sempre juntos partilhando essa aventura que chamamos vida.
Vem comigo…
Um presente para vocês…
Ouçam a canção até o final e se emocionem com a homenagem belíssima de um filho ao pai.
Leila Yaeko Kiyomura Moreno
27, setembro, 2019Rodolfo amigo, não me lembro dessa sugestão feita ha 13 anos. Mas pode estar certo: foi por puro egoismo. Sempre gostei de ler o que voce escreve, desde há bons anos quando voce era o meu querido editor na Gazeta do Ipiranga. Se não fosse o seu blog no cotidiano desse mundão perdido da Net, ficaria sem a luz da boa leitura.
Agradeço os 13 anos lendo e ouvindo a voz dos sonhos e da esperança.
Leila