Zapear é preciso…
Para quem nada esperava da noite de sábado na TV, até que me dei bem.
Enfileirei série de atrações que valeram o fim-de-semana.
Assisti à reprise do Som Brasil, com Benjor, no Canal Viva – e revi o delicioso dueto do cantor/compositor com Zeca Pagodinho em Taj Mahal. Em seguida na Globo, a emoção ficou por conta do especial Chico Anysio, levado ao ar originalmente no fim de ano de 2009 e retransmitido ontem, como homenagem derradeira ao grande mestre do humor brasileiro.
Para quem, como eu, é fã incondicional de Woody Allen, rever, mesmo que décima vez, “Vicky Cristina Barcelona” foi um belo coroamento de programação.
Vale registrar também que, antes disso, descobri por acaso na Rede Viva um desaparecido personagem dos anos 70, o cantor/compositor Sílvio Brito que, ao que pude deduzir, comando um programa semanal – Sílvio Brito em Família.
Neste sábado, ao lado das filhas, ele promoveu um revival de hits dos anos 60 e 70 – e, para animar a festa, trouxe dois convidados daqueles idos e ingênuos tempos, Martinha e Ângelo Máximo.
Um momento de pura nostalgia.
Musicalmente, os três têm origem na Jovem Guarda. Não chegaram a formar entre os maiorais da turma, mas emplacaram sucessos expressivos.
Brito é autor daquele célebre refrão – ainda hoje tão atual:
Ta todo mundo louco, oba…
Ta todo mundo louco, oba…
Nada transcendental, é bem verdade.
Nada que figure entre as manchetes dos chamados cadernos de cultura dos grandes jornais. Mas, para quem caminha solenemente para os 60 ou mais, foi uma despretensiosa – mas, sólida – ponte de volta ao passado.