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Deu Mengo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Uma palinha sobre futebol que – vamos, venhamos e convenhamos – ninguém é de ferro.

Vivemos ontem um momento Brasil brasileiro.

A festa das duas maiores torcidas do Brasil.

Corinthians e Flamengo fizeram a finalíssima da Copa do Brasil.

Um jogo aguerrido, não mais do que isso, para quem como eu o assistiu na TV por puro diletantismo.

O Corinthians surpreendeu.

Bem armado pelo português Vitor Pereira, deu uma amassada legal no Mengo em pleno Maracanã lotadaço em preto e vermelho.

É bem verdade que cerca de 4 mil corintianos presentes se fizeram ouvir, especialmente no segundo tempo quando o Timão dominou o adversário.

Mesmo assim, o jogo terminou empatado em 1 a 1 – e o Flamengo levou o título nos pênaltis.

Confesso meu íntimo revirar de emoções ao acompanhar lance a lance a partida e a decisão por pênaltis

Primeiro, porque bateu-me (in)certa estranheza ver o meu Palmeiras fora de uma finalíssima.

Nos últimos anos, o Verdão se fez presente na maior parte delas.

Depois, por conta da rivalidade – a tradicional e a mais recente – não sabia para quem torcer.

Comecei pró-Flamengo. Mas, assim que saiu o gol rubro-negro, me bandeei para o Corinthians.

Pensei:

‘Amanhã a Flapress vai aloprar’.

Quando os paulistas empataram no segundo tempo, não, não torci pelo Corinthians.

Digamos que optei pela neutralidade.

Lógico que de olho nas exasperantes cobranças de pênaltis.

Exasperantes para os times e os torcedores envolvidos na disputa.

Para quem, como o Degas aqui, só está de gaiato assistindo é uma delícia.

Assim que o Cássio pegou a primeira cobrança e pôs o Corinthians na frente, voltei a torcer para que um dos corintianos também desperdiçasse o pênalti- e assim perdurasse infinitamente as cobranças.

Imaginei o dia clareando na deslumbrante paisagem do Rio de Janeiro- e os caras lá se sucedendo nas cobranças. Até que o Pimpão da CBF, louco para pegar uma praia e tomar umas e outras, interviesse para decretar:

“Vamos parar com essa tragicomédia. Este ano a Copa do Brasil não terá campeão. E fim de papo!”

Me perdoem o devaneio, meus caros.

Futebol deixa a gente mais malucão do que já é.

Quando o herói improvável Rodinei fez o gol da vitória, confesso fiquei tristim, tristim.

Desconfio que…

Não queria que Flamengo vencesse.

Desliguei a TV, mas não deixei de pensar na maravilha – por vezes dolorosa – que é uma partida de futebol.

Quantas possibilidades, ela nos oferece.

Ontem mesmo, num lance capital, meio que para o fim da partida, Rodinei tentou cortar um cruzamento a dois passos do gol do Mengão – e furou, digamos, bisonhamente. Atrás dele, o atacante corintiano Roger Guedes se atirou em direção à bola. Chegou a tocá-la, estava quase dentro do gol adversário.

Mas, caprichosamente, a pelota subiu, subiu, subiu…

Por cima do travessão.

Se Guedes (o jogador; não o ministro que também só da bola fora) faz o gol, adivinhem quem hoje seria o culpado da vez. O Andrea Pereira da ocasião.

Enfim…

Coisas do maravilhoso (por vezes, implacável) Planeta Futebol.

Uma homenagem ao meu ídolo flamenguista…

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