Dez é um número mítico.
Há quem responsabilize o Rei Pelé pela magia e o encanto que, em si, o número traz.
Pode ser, é bem provável, eu diria.
Quando Benjor, em seus tempos de Jorge Ben, completou 10 anos de carreira, lançou um álbum espetacular reunindo e misturando todos os grandes sucessos que havia amealhado até ali. O disco chama-se ‘Dez Anos Depois’. Foi em 1973 e ainda hoje é atualíssimo.
Salto do todo para o particular…
Quando completei 10 anos, o Pai me entregou simbolicamente a chave de casa e disse que eu poderia sair à noite e voltar a hora que quisesse, desde que eu chegasse antes das 10 da noite.
O Velho Aldo sabia das coisas.
Em 1984, completei 10 anos de carreira no jornalismo. Foi um momento magnífico na História (esta, sim, com H maiúsculo) do Brasil. Pude acompanhar como repórter e editor a mobilização pelas Diretas-Já e, ingênuo ou não, acreditei piamente que este País teria um futuro promissor. Para retratar essa época, juntei meus textos em um livro que se chama “Às Margens Plácidas do Ipiranga”. Havia ali, acreditem, um sonho sonhado por todos os brasileiros.
Pulo para a década seguinte, anos 90. Meu filho era goleiro do Clube Atlético Ypiranga e foi campeão de um torneio internacional de futsal (enfrentando, entre outros, a equipe do São Paulo e do River Plate da Argentina). Foi também campeão estadual de futebol, na categoria de ‘fraldinha’. Foram essas, seguramente, as maiores alegrias que o esporte já me proporcionou. O meu Palmeiras que me desculpe, mas o garoto estava pegando tudo. Ele tinha 10 anos.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa…
Fiz todos esses relatos só para lhes dizer que hoje o Blog, o nosso modesto Blog, completa 10 anos de vida. Se me dissessem, lá trás, quando a brincadeira começou, eu não acreditaria. Nem daria fé.
Com este que ora escrevo, são 2880 posts que receberam centenas de milhares de visitas nos dois endereços (aqui no site e também entre os convidados do Uol) e proporcionou alguns deliciosos encontros e reencontros.
Tenho como meta chegar aos 3 mil. Depois vamos ver o que acontece. Haja história para contar…
De todas as formas, agradeço a presença de todos. Mesmo não sendo um blogueiro autêntico – e, sim, um cronista de jornal sem jornal para publicar as bobagens que escreve -, só lhes peço uma coisa. Não é muito, não.
Continuem me querendo bem que não custa nada.