Perdoem-me.
Terei que adiar para amanhã a promessa que ontem lhes fiz de hoje escrever a sequência do post “O dito e a cuja”.
Ficará para outro dia. Segunda, quem sabe?
Espero que me entendam.
É que um Poder maior se alevanta, como diz aquele.
Não é exatamente um poder. E, sim, a data: 8 de maio. Dia das Mães e do meu saudoso pai, o Velho Aldo, que hoje completaria 99 anos, se vivo fosse.
Triste coincidência. Trata-se do primeiro ano que passo um Dia das Mães sem a Dona Yolanda que se foi em 5 de junho do ano passado.
(O passamento do pai se deu em 1º de setembro de 1999)
II.
O destino tem lá suas presepadas e, de uma forma bem especial, me compele, neste dia, nesta hora, prestar a eles mais esta humilde reverência.
Talvez até para que eu acomode melhor a sentida saudade que hoje – e dia sim e outro também – sinto das duas figuras.
Meus caros cinco ou seis fiéis leitores já os conhecem de outros tantos posts e bem sabem quanto me eles encantavam bem como as histórias que viveram e gostavam de contar.
Não está nada fácil tocar os passos e o caminho sem eles.
Mas…
Vida que segue.
III.
Ainda ontem um amigo chamou minha atenção para a coincidência que a data enseja.
Não havia me dado conta, tão abestalhado que sou.
Acho que o amigo percebeu meu espanto e tentou contornar a situação, com uma pergunta que me desnorteou ainda mais.
Como me sentia diante da falta de um e de outro?
Não soube lhe responder de pronto.
Ainda agora tenho cá minhas dúvidas se consigo verbalizar o tamanho do vazio.
IV.
O pai, penso que seja uma presença diária ainda a me conduzir. Ele sempre se pautou pelo silêncio e pelo sorriso discreto em apoio às decisões que eu viesse a tomar.
É uma ausência/presente, digamos assim.
A mãe, é uma presença ausente.
Será que me entendem?
Faz uma falta danada. Com suas cobranças, sua teimosia, suas orações para nos proteger, suas lembranças, seus carinhos e afeto.
Perdas irreparáveis, óbvio.
V.
Rezo por eles.
Sei que ainda me olham e me guardam.
A mim, e a todos que me cercam e amo.