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Dilma agora no Senado

Dilma falará hoje ao Senado.

(É provável que já esteja discursando.)

Poucos ali querem ouvi-la. Apenas os que a defendem. Os demais já têm convicção do voto a favor do impedimento. Fazem o jogo do interesse político. Apoiam-se no desvario das forças mais conservadoras e retrógradas empenhadas em chegar ao Poder, seja de que forma for.

Um golpe ou uma farsa? – registrei ontem aqui a dura conclusão do editorial do jornal francês Le Monde,

Uma tragédia para a jovem democracia brasileira.

Há quem questione a postura da ainda presidente, eleita por mais de 54 milhões de votos.

“Tempo perdido.”

“É um jogo de cartas marcadas.”

“Vão espezinhá-la.”

“É tudo o que a mídia golpista quer.”

Até ontem – deu no Fantástico – mais de 40 senadores haviam se inscrito para questioná-la. Eles se ‘armaram’ em uma reunião de notáveis (sic), comandada pelo derrotado Aécio e com a fina flor do mamulengo: Caiado, Álvaro Dias, Anastasia, Agripino, Aluísio e assemelhados.

Preparem-se, caríssimos, que o espetáculo promete…

Vejo na home do Uol que Dilma convidou Chico Buarque para assistir o pronunciamento – e apoiá-la. Ou outro lado, convidou o tal de Kim Kataguiri.

Por aí se tem a dimensão das forças que se opõem.

Dilma falará hoje à Nação – verdadeiramente, a todos nós.

Eis a importância e a coragem de seu gesto.

Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.

Quem tem olhos para ver que veja.

Lá na frente – e nem será preciso muitos anos, não – a História vai nos cobrar a omissão e a estupidez.

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