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Djalma

O pai disse para eu deixar de birra – e ficar tranqüilo. Logo, logo o Palestra começaria a se reerguer depois de vender o seu melhor jogador para a Itália. José Altafini, o Mazzola, faria falta, mas com o dinheiro arrecadado, a diretoria traria uma penca de reforços a começar pela contratação do lateral direito da Portuguesa de Desportos, Djalma Santos.

Estava lá nas “20 Notícias”, coluna esportiva que o jornalista Antônio Gusmanm assinava no vespertino “Diário da Noite”, um dos principais nomes da crônica esportiva naqueles idos de 1958.

O Brasil acabara de ser campeão mundial, na Suécia. E Djalma jogou apenas a final, em substituição ao titular De Sordi, e mesmo assim foi considerado o melhor lateral direito da Copa.

“Com Djalma, seremos campeão de novo”, disse o pai para me tranquilizar.

Qual garoto de sete anos que não acredita nas promessas que o pai lhe faz?

Dito e feito.

No ano seguinte, o Palmeiras foi super campeão paulista ao derrotar o Santos de Pelé & Cia em seu apogeu, em uma histórica série “melhor de três”.

Desde então, Djalma Santos passou a fazer parte da vida do garoto (que, quatro, cinco anos depois, começou a jogar de lateral direito nos campos de várzea do Cambuci, só para ser igual ao ídolo), do Palmeiras (onde enfileirou série de títulos: paulistas de 1959, 1963 e 1966, vice da Libertadores em 1961 e 1968, Roberto Gomes Pedrosa em 1967 e Taça Brasil em 1960 e 1967) e da história do futebol de todos os tempos. A comprovar, a participação em quatro copas seguidas (1954, campeão em 1958, bicampeão em 1962 e 1966 ) e o par de chuteiras azuis (inimagináveis à época) que Djalma Santos trouxe da Inglaterra, após ser o primeiro brasileiro a jogar pela seleção da Fifa, em Wembley, 1963, entre os melhores do mundo.

Grande e inesquecível Djalma…