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Doce, doce amor…

Leitores me cobram explicação para duas sentidas ausências no roteiro do espetáculo “Chacrinha, o Musical”, assinado pelo Pedro Bial.

1. O quadro o Cantor Mascarado

2. Nenhum sucesso de Jerry Adriani na trilha sonora

Elogiei demais o musical em dois posts – e devem imaginar que sei tudo sobre o inesquecível comunicador.

Meus caros, vou decepcioná-los mais esta vez, pois não tenho essas respostas – e só agora me dou conta dos fatos.

Chuto a hipótese de que seja mesmo uma opção do Bial e/ou do diretor Andrucha Waddington.

Mas, reconheço, a observação dos amigos do Blog faz sentido.

II.

“O Cantor Mascarado” tinha a seguinte estrutura: um cantor em começo de carreira cantava usando uma máscara e a plateia deveria descobrir quem era. O jovem participava de dois ou três programas até que sua identidade fosse revelada.

O quadro lançou, entre outros, o iniciante Roberto Carlos quando, lá pelo fim dos anos 50, fez seu primeiro registro em disco, pela Polydor. Ainda não passava pela cabeça de Roberto ser o Rei da juventude. Ele seguia timidamente os passos dos ídolos da época João Gilberto e Tito Madi. E foi nesse estilo (cantor de bossa nova) que Roberto apareceu no palco da Discoteca do Chacrinha defendendo as músicas que acabara de gravar em um “78 rotações”: “João e Maria” e “Fora do Tom”.

Foi um momento marcante para a carreira de ambos.

Poderia figurar no roteiro, seria legal.

III.

Quanto a Jerry Adriani, também defendo que deveria ter uma participação na trilha sonora. Sucessos como “Querida” e “Doce Doce Amor” foram hits constantes na Discoteca e, entre gritos de ‘terezinha’ e bacalhaus voadores, agitavam freneticamente o auditório.

Além do que, reza a lenda, o bonitão Jerry Adriani era objeto de desejo de onze entre dez chacretes.

O Painho não gostava nada desses chamegos.

Mas, sem fazer alardes, Jerry fazia e acontecia. Pegava geral.

(É o que se dizia à época)