Foto: istockphoto.com
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Dizia orgulhosa Dona Yolanda, minha mãe.
Minha primeira manifestação de religiosidade se deu quando eu tinha por volta de 4 anos.
Acreditem!
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Dizia ela que, ao se aproximar o 4 de dezembro, lhe fiz um pedido insólito como presente de aniversário.
Queria a imagem do Santo Guerreiro para acrescentar à minha coleção de brinquedos.
Ela ficou surpresa.
Ali, não era o lugar adequado para um santo poderoso.
Logo, porém, compartilhou com as amigas a novidade. Só que lhe acrescentou uma igualmente crédula interpretação: se assim seguisse vida afora, o filho-caçula, o Tchinim, daria um bom padre.
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Ledo engano da pia Dona Yolanda.
A bem da verdade, ela não entendeu o lúdico da solicitação.
Sempre que eu a acompanhava às missas nas várias igrejas paulistanas que ela frequentava, meu olhar-menino impressionava-se com a imponência de Jorge da Capadócia, sua coragem e destemor, no enfrentamento ao Dragão do Mal.
Digamos que eu-Tchinim o entendia como um super-herói desses que, desde sempre, fazem a cabeça da molecada.
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Era assim que eu, encantado, o via – e o vejo ainda hoje como santo de minha devoção.
Um marco de fé que persiste e resiste há quase 70 anos desta minha longa e trôpega caminhada.
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Ops.
Uma amiga da mãe, a costureira Olga, me presenteou com a imagem que ainda hoje tenho na estante de casa.
Ali, naquele cantinho do Sagrado, todos os dias, busco conforto, bênçãos e luz para mim e todos os que amam e aqueles que me amam também.
Salve Jorge!
Salve Guerreiro do Bem e da Paz!
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Uma canção em forma de oração
Leila Kiyomura
23, abril, 2023História mais linda e delicada! Salve Jorge!