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Dostoiéviski

Foto: Reprodução

Fiódor Mikháilovitch Dostoiéviski nasceu em novembro (dia 11) de 1821, em Moscou.

Pertencia a uma família da aristocracia russa que vivia um período de decadência.

Perdeu a mãe na infância e o pai na adolescência.

Outros fatores tristes e trágicos marcaram, desde então, sua personalidade.

Foi um jovem revolucionário socialista.

Por isso, acabou condenado à morte.

Cabe-me, por força de ofício e vontade, fazer o registro (ainda que com uns dias de atraso) do bicentenário de Dostoiévski, considerado um dos grandes escritores da Humanidade.

Há tempos ensaio uma releitura de suas obras.

Li alguns títulos nos idos de 60 e 70. Ao menos, três que me lembre: Recordação da Casa dos Mortos, Crime e Castigo e Os Irmãos Karamázov.

Causaram-me algum estranhamento pelo tom de agonia e sofrimento, é a sensação que me ficou,

Gostaria de ser mais próximo de sua obra.

Confesso, porém, que minha inegável predileção por autores brasileiros me fez protelar o projeto de releitura.

Hoje, como percebem os amigos leitores, estou em apuros para escrever sobre o tema.

Recorro, pois, a uma biografia padrão para desenvolver o texto.

No instante em que seria executado, a pena de Dostoiévski foi transformada em dez anos de trabalhos forçados na Sibéria.

Neste exílio, casou-se pela primeira vez. Um amargo fracasso.

Também não deu certo a grande aventura amorosa com a jovem estudante com quem fugiu para a Europa Ocidental em 1862 após sair do calabouço na Sibéria.

Tudo o que conseguia com seu trabalho perdia no jogo.

Abandonou a moça em Paris, e voltou à Rússia para reencontrar a esposa no leito de morte.

Retornou a Paris, tentou reatar com a jovem que o desprezou.

A epilepsia tornava-lhe a vida mais difícil.

Escrever é sempre um ato solitário.

Um ato de entrega.

Uma necessidade vital.

Um encontro do autor consigo mesmo e com o mundo onde se insere.

Há quem dê um tom mais idílico ao que escreve.

Outros, mais corajosos, estampam a realidade nua e crua, com suas asperezas e desilusões.

Dostoiéviski se enquadra entre estes.

Não me espanta, portanto, que, diante de tantas e tamanhas adversidades enfrentadas aos trancos, tenha surgido um dos mais pungentes e valorosos conjunto de obras da literatura de todos os tempos.

O primeiro livro foi Pobre Gente, de 1845.

Seu tempo de prisioneiro resultou em Recordações da Casa dos Mortos, 1861.

O vício o inspirou em O Jogador, 1867.

Crime e Castigo, de 1866, foi seu primeiro romance a ser traduzido para a Europa Ocidental.

Em 1871, escreveu Os Demônios em que mostra postura mais conservadoras, longe dos teores revolucionários de outros tempos.

Em 1880, abraça o misticismo cristão na obra-prima Os Irmãos Karamázov.

Dostoiéviski morreu em 1881.

Estava casado com Ana Sikina – e contava com o reconhecimento dos leitores.

Dizem que há um tempo de ler e outro de reler.

Engrosso com a obra do autor russo minha lista pessoal de projetinhos para 2022.

Por enquanto, vou devorando Anos de Chumbo, recente de livro de contos de Chico Buarque.

Um espanto de bom.

Nos idos de 70, numa entrevista à Imprensa, Jorge Ben Jor confessou que a enigmática E as rosas eram todas amarelas foi inspira na leitura que fez, à época, da obra de Dostoiéviski.

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