André Dusicska diz que leu a nota na coluna do Toninho Santos, no jornal O Patriota, que circula no Ipiranga:
"Faleceu no dia 24 de novembro o Dr. Eduardo de Campos Rosmaninho, um grande líder comunitário, que exerceu durante sua vida diversos cargos importantes, entre eles o de presidente da Consabesp (Conselho das Sociedades Amigos de Bairro do Estado de São Paulo) e presidente da Sociedade Amigos de Vila Gumercindo. Dr. Eduardo também idealizou junto com Guilherme Teodoro Mendes o Movimento Cívico em Defesa do Parque e do Monumento à Independência."
Acompanhei como repórter o trabalho do amigo Rosmaninho desde tempos idos, ainda sob o tacão da ditadura militar.
Um trabalho que deu frutos.
Tudo o que hoje se entende como “comunitarismo”, ao menos em São Paulo, começou no Plenário da Zona Sul, fins dos anos 60 e início da nova década.
Dr. Rosmaninho, médico por vocação, já estava ali. À frente dos movimentos populares que ajudaram a (re)organizar a sociedade em uma das regiões mais populosas da cidade.
Ainda não se falava em políticas públicas. Mas, ele já capitaneava a luta de todos para dotar vilas e jardins dos equipamentos essenciais à qualidade de vida: asfalto, calçamento, iluminação pública, saneamento básico, creches, escolas e o que mais fosse necessário.
Passava longe da chamada política partidária.
Defendia o bem comum acima de qualquer outro interesse.
Certa vez, o convidei para dar uma palestra na universidade em que eu trabalhava. Abriu o coração para os jovens estudantes. Pude entender melhor o homem e a extensão do sonho que acalentava. De construir um mundo mais fraterno e justo.
* CRIAÇÃO: Walter Silva