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E lá se vão 20 anos – Parte 4

Foto: Arquivo Pessoal

Sigamos com as minhas reflexões sobre o tema:

“E lá se vão 20 anos” do nosso Site/Blog.

Dedico o post/crônica de hoje a comentar os comentários.

Uma instigante novidade com a qual aprendi a conviver desde o primeiro instante do Blog.

Vale a explicação.

No jornal, a coisa toda funcionava mais ou menos assim.

(Desconfio que não seja mais assim.)

O repórter escrevia o texto, o chefe da editoria dava uma espiada, se necessário uma ‘penteada’, orientava a diagramação na página (com ou sem destaque) e encaminhava o material para o editor-chefe que aprovava, com o devido ‘publica-se’.

Era o que chamávamos de ‘bate-final’.

Ou seja, se desse alguma bronca, as responsabilidades, digamos, eram compartilhadas.

Havia editor que pulasse fora na hora H do problema, mas via de regra eram essas as etapas.

No caso do leitor querer repercutir a reportagem, ele deveria escrever uma carta para a Seção dos Leitores. Que também tinha lá seus trâmites e certa morosidade.

Vez ou outra, alguém ligava para elogiar ou criticar.

Raros apareciam pessoalmente na redação.

Quase sempre não passavam da portaria.

Ou seja, estávamos blindados desse contato mais direto e imediato.

No mundo digital, aprende-se logo que ‘o toma-lá, dá-cá’ é diário.

Diria que o mundo ficou bem mais competitivo.

E incontrolável.

Felizmente não tenho do que reclamar, por enquanto.

Aprendi desde logo, que o internetês deve-se pautar pelo que disse Voltaire lá no mais antigo dos anos:

“Posso não concordar com uma palavra do que dizes.

Mas, defenderei sempre o direito de dizeres”.

Acrescento um adendo por minha conta:

Desde que esteja no rigor da lei e nos limites da boa convivência.

De qualquer forma, não lembro de grandes ‘pepinos’ por aqui.

Bato na madeira:

Toc-toc-toc.

Adoro quando a turma deixa comentário.

Fico felizão mesmo.

O post/crônica ganha contornos de diálogo.

Ganha vida.

A experiência narrada pelo eventual leitor sempre ressoa como complemento especialíssimo

Quase sempre preciso me controlar para não retomar o assunto no post seguinte.

Às vezes, não resisto.

Reparem que, de uns tempo para cá, são vocês, amáveis cinco ou seis leitores, que determinam o teor da nossa conversa.

A curiosidade é que hoje recebo comentários do post também no whatsapp.

A moçada está mais discreta. Ou é impressão minha?

Outra curiosidade

O post mais comentado foi: Retrospectiva Valiosa.

Na verdade, trata-se da transcrição de uma reportagem que fiz para a Revista Afinal em 1984 sobre a obra do pintor Gino Bruno.

Constava da primeira versão do Site,

Os colecionadores de arte e donos de alguma obra do artista descobriram o texto no ícone Reportagens – e, na seção dedicada aos comentários, iniciaram uma troca de informações que acabou numa espécie de feira de arte onde negociavam os quadros do renomado artista.

A preços módicos, imagino.

Não participei dos negócios.

(Vivendo e aprendendo.)

PRANTO DE SAUDADE

Um sábado que se fez triste com a notícia dos falecimentos do cartunista Paulo Caruso, do jornalista Márcio Guedes e da cantora e compositora Sueli Costa.

Leiam:

Paulo Caruso: veja as caricaturas feitas pelo artista para o ‘Roda Viva’

Morre a cantora Sueli Costa, autora de canções eternizadas por Elis Regina e Simone, aos 79 anos

Morre o jornalista Marcio Guedes aos 75 anos

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