Foto: Arquivo Pessoal
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Sigamos com as minhas reflexões sobre o tema:
“E lá se vão 20 anos” do nosso Site/Blog.
Dedico o post/crônica de hoje a comentar os comentários.
Uma instigante novidade com a qual aprendi a conviver desde o primeiro instante do Blog.
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Vale a explicação.
No jornal, a coisa toda funcionava mais ou menos assim.
(Desconfio que não seja mais assim.)
O repórter escrevia o texto, o chefe da editoria dava uma espiada, se necessário uma ‘penteada’, orientava a diagramação na página (com ou sem destaque) e encaminhava o material para o editor-chefe que aprovava, com o devido ‘publica-se’.
Era o que chamávamos de ‘bate-final’.
Ou seja, se desse alguma bronca, as responsabilidades, digamos, eram compartilhadas.
Havia editor que pulasse fora na hora H do problema, mas via de regra eram essas as etapas.
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No caso do leitor querer repercutir a reportagem, ele deveria escrever uma carta para a Seção dos Leitores. Que também tinha lá seus trâmites e certa morosidade.
Vez ou outra, alguém ligava para elogiar ou criticar.
Raros apareciam pessoalmente na redação.
Quase sempre não passavam da portaria.
Ou seja, estávamos blindados desse contato mais direto e imediato.
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No mundo digital, aprende-se logo que ‘o toma-lá, dá-cá’ é diário.
Diria que o mundo ficou bem mais competitivo.
E incontrolável.
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Felizmente não tenho do que reclamar, por enquanto.
Aprendi desde logo, que o internetês deve-se pautar pelo que disse Voltaire lá no mais antigo dos anos:
“Posso não concordar com uma palavra do que dizes.
Mas, defenderei sempre o direito de dizeres”.
Acrescento um adendo por minha conta:
Desde que esteja no rigor da lei e nos limites da boa convivência.
De qualquer forma, não lembro de grandes ‘pepinos’ por aqui.
Bato na madeira:
Toc-toc-toc.
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Adoro quando a turma deixa comentário.
Fico felizão mesmo.
O post/crônica ganha contornos de diálogo.
Ganha vida.
A experiência narrada pelo eventual leitor sempre ressoa como complemento especialíssimo
Quase sempre preciso me controlar para não retomar o assunto no post seguinte.
Às vezes, não resisto.
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Reparem que, de uns tempo para cá, são vocês, amáveis cinco ou seis leitores, que determinam o teor da nossa conversa.
A curiosidade é que hoje recebo comentários do post também no whatsapp.
A moçada está mais discreta. Ou é impressão minha?
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Outra curiosidade
O post mais comentado foi: Retrospectiva Valiosa.
Na verdade, trata-se da transcrição de uma reportagem que fiz para a Revista Afinal em 1984 sobre a obra do pintor Gino Bruno.
Constava da primeira versão do Site,
Os colecionadores de arte e donos de alguma obra do artista descobriram o texto no ícone Reportagens – e, na seção dedicada aos comentários, iniciaram uma troca de informações que acabou numa espécie de feira de arte onde negociavam os quadros do renomado artista.
A preços módicos, imagino.
Não participei dos negócios.
(Vivendo e aprendendo.)
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PRANTO DE SAUDADE
Um sábado que se fez triste com a notícia dos falecimentos do cartunista Paulo Caruso, do jornalista Márcio Guedes e da cantora e compositora Sueli Costa.
Leiam:
– Paulo Caruso: veja as caricaturas feitas pelo artista para o ‘Roda Viva’
– Morre a cantora Sueli Costa, autora de canções eternizadas por Elis Regina e Simone, aos 79 anos
– Morre o jornalista Marcio Guedes aos 75 anos
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O que você acha?