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Ela nunca lhe faltará

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A Igreja Católica Romana celebra a 8 de dezembro o dia da Imaculada Conceição de Maria Santíssima. É uma festa que se situa no início do Ano litúrgico, no Tempo do Advento, iluminando o caminho da Igreja rumo ao Natal do Senhor.

A solenidade tem como fundo o ícone bíblico da Anunciação, na qual ecoa a misteriosa saudação do Anjo:

«Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo»

(Lucas 1, 28).

I.

Tenho uma formação marista.

Estudei no Colégio Nossa Senhora da Glória, no Cambuci.

Daí, e por inspiração do hoje Santo Marcelino Champagnat, fundador da ordem religiosa (no meu tempo de moleque, Champagnat era beato), consolidou-se a fé em Nossa Senhora.

Lembro o Irmão Fidélis (ou seria o Irmão Demétrius) a nos dizer nas aulas de Religião:

“Não se afaste da Santíssima Mãe de Jesus, que ela nunca lhe faltará. ”

II.

Garoto, não lhe dei a devida a atenção.

Mas, com o passar dos anos e o desenrolar da vida, cabelos rareando, tornei-me cada vez mais próximo da Santíssima em orações e agradecimentos.

Não tenho do que reclamar em termos de proteção e bênçãos.

III.

Vez ou outra, sempre que me é possível, visito o Santuário de Aparecida.

Houve uma vez, numa belíssima tarde de sol, que, assim que saí do templo, despencou uma chuvarada que me pegou em pleno estacionamento, a meio caminho do meu velho Uno.

Olhei espantado – e sol ainda brilhava radiante no céu. O aguaceiro parou logo que entrei no carro.

Achei mágica a experiência. Tentei decifrar o significado daquilo tudo em vão. Só então constatei que estava encharco, e incrivelmente feliz.

Outra bênção?

Vai saber…

IV.

Sempre que viajo, tenho por hábito conhecer as igrejas dos lugares.

Há uma transcendência nessas visitas que não sei bem explicar, mas sei que sou capaz de senti-la.

Na Notre Dame, lembro a primeira que lá estive. Fiquei prostrado. De joelhos, não conseguia tirar os olhos do chão. No coração de Paris, no mais pomposo templo a Virgem Maria, e eu lá, na penumbra, apenas comigo mesmo a remoer a emoção de ali estar.

V.

Emoção que também senti, a nas viagens a Fátima (em Portugal) e a Lourdes (na França).

No entanto, meus amáveis cinco ou seis leitores, conto-lhes minha maior surpresa. Aconteceu em Valladolid, na Espanha. Na igreja da cidade, encontrei a Madona com semblante radioso, feliz e cativante.

Está na capela de entrada, à esquerda, de uma igreja que, imagino, deve levar o seu nome.

Na frente da base de cimento que sustenta a imagem, alguém escreveu com letras disformes e imprecisas:

SANTÍSSIMA VIRGEM DA ALEGRIA

Demora um tantinho para que a gente se dar conta que é de ser feliz que a Santinha trata. Estamos tão desacostumados que, valha-me Deus, fica até difícil de acreditar.

Muito bom, não?

Desde então, eu que me habituei aos fios desencapados que o cotidiano oferece, não vacilo: rezo por sua intermediação todos os dias, assim que acordo…

(Não tenho do que reclamar)

(*foto: igreja na avenida nazaré, ipiranga/anísio assunção)

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