Foto: Divulgação/Centenário de Elizeth
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No decorrer da semana, o Canal Net Música apresenta, em horários alternados, uma grata seleção musical de 30 minutos dedicada exclusivamente aos sucessos da cantora Elizeth Cardoso.
Bela lembrança. Iniciativa mais do que louvável.
A Divina completaria agora em julho (16) 100 anos.
Carioca da gema, como gostava de dizer, o nome da brasileiríssima Elizeth (1920/1990) pode – e deve – constar no panteão glorioso de nossas melhores cantoras. Ao lado de Carmem Miranda, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e a pimentinha Elis Regina.
O Brasil é um celeiro de grandíssimas intérpretes.
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Foi Elizeth, por exemplo, a primeira a gravar o hino bossanovista Chega de Saudades no álbum (quase escrevo LP, o que deixaria a gurizada algo atônita) Canção do Amor Demais, em 1954. No estúdio o tímido compositor e violonista João Gilberto.
Só por esse pioneirismo já valeria a citação entre as mais mais.
No entanto, Elizeth foi muito além. Uma das principais crooners de casas noturnas das noites cariocas, nos anos 50, viveu a doirada Era do Rádio antes de enveredar para a TV no comando do Bossaudade, na Record, já em meados dos 60. Sempre com elegância e requinte tanto pessoalmente como em suas corretíssimas interpretações.
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Eu, particularmente, gosto de sua fase mais sambista, digamos assim. Com interpretações definitivas para sucessos como Malvadeza Durão, Tempo Feliz, Naquela Mesa, Barracão, Sei Lá Mangueira e a irreverente Eu Bebo Sim, entre outras.
Reconheço, no entanto, que sua performance como cantora de samba-canção também é impecável.
Tanto que lamentei a ausência, nas seleções tocadas nos dias em que ouvi, de uma obra prima em seu repertório a lindíssima Canção de Amor, de Chocolate e Elano de Paula. Canção gravada em 1950; há 70 anos, portanto…
Nosso Blog, nostálgica e humildemente, corrige a falha.
Se me permitem…
(Um raríssimo momento do Programa Hebe Camargo).
O que você acha?