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Elza, sempre presente

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Não é aniversário.

Também não há efeméride a ser comemorada – ou reverenciada.

Não há um motivo assim, digamos, especial.

O que existe, de real e por demais valiosa, é uma sólida carreira de mais de sessenta e tantos anos nos palcos da vida.

Há também, e aqui me penitencio, a grande injustiça deste desdeixado blogueiro que, nesses anos todos de cotidiano teclar, não se dignou a aqui falar de Elza Soares como esta extraordinária intérprete bem o merece.

(…)

Foi um dos meus amáveis – e atentos – cinco ou seis leitores, de nome Eduardo, que me deu o alerta.

Ele me pergunta, em e-mail, o motivo da omissão.

Se não reconheço na obra desta carioca, de estilo único e inimitável, “uma das vertentes mais criativas da música popular brasileira”.

Plena e total razão ao Eduardo, que mora em Parnamirim, Rio Grande do Norte, e diz acompanhar o Blog “quase todos os dias”.

Ele prefere quando escrevo sobre música. Foi, a partir daí, que o danado fez uma busca nos meus frouxos escritos e percebeu a imperdoável ausência de Elza Soares, “a mais importante cantora brasileira da atualidade”.

(…)

Eduardo, para legitimar os argumentos, cita que “em 1999 Elza foi escolhida como a cantora do milênio pela Rádio BBC de Londres e está listada entre as 100 melhores vozes da MPB pela Revista Rolling Stones em recente pesquisa”.

Diz mais o nosso caro leitor:

“O disco Mulher do Fim do Mundo (o trigésimo segundo de sua carreira, lançado em 2015, pelo selo Circus) é de emocionar. Vai do popular ao eletrônico sem fazer qualquer concessão ao lugar comum e ao comercial”.

“Elza – ressalta Eduardo – vive o auge de sua carreira”.

(…)

Dou fé e assino embaixo tudo o que o Eduardo escreve – e, com sua autorização, transcrevo seus lapidares comentários a bem de todos os meus incautos visitantes.

Obrigado, Eduardo, pela oportuna lembrança.

Só acrescento que, da mesma dimensão da carreira de Elza Soares, é a sua história de vida. As batalhas todas que enfrentou e enfrenta. Sempre com dignidade e coragem e vontade de viver e sempre a cantar como só ela sabe cantar. No Brasil e no mundo.

Foto: Divulgação
1 Response
  • Leila Kiyomura
    21, janeiro, 2022

    Rodolfo, homenagem sensível …
    Uma vida para cantar a vida .
    .

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