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Em apoio ao Rio Grande do Sul

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Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil

Meus caros e preclaros.

Não sei o que lhes dizer sobre a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul.

Uma tragédia climática sem precedentes na história daquele estado.

Leio que 70 por cento de todo o território riograndense sofre com as inundações.

364 municípios dos 490 que ali existem.

Dezenas deles simplesmente desapareceram sob a ação descontrolada das águas.

As cenas são dramáticas. Devastadoras.

Até a data de ontem eram 90 os mortos em decorrência das chuvas.

“Quando as águas baixarem” – disse uma das vítimas ao repórter da TV – “saberemos que esse número é bem maior.”

Recorro ao especialista do Canal Rural, o meteorologista Arthur Müller, para tentar entender o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Tenho lá minhas desconfianças, mas não sou profundo conhecedor do assunto.

Segundo Müller, tal desatre não pode ser apenas associado ao fenômeno climático El Niño, que potencializa as chuvas no sul.

“O desequilíbrio da atmosfera está intimamente ligado às mudanças climáticas em todo o globo.”

O especialista ainda listou duas ocorrências recentes.

1 – a tempestade mediterrânea Daniel atingiu a Líbia no dia 10 de setembro de 2023 e afetou diretamente as cidades de Benghazi, Sousse, Al Bayda, Al-Marj e Derna, com o rompimento de duas barragens. Em Derna, 25% da cidade desapareceu debaixo d’água. Mais de 11 mil pessoas morreram.

2 – em 16 de abril deste ano, volumosas inundações aconteceram em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, após chover 100 milímetros em 12 horas, o equivalente ao esperado para 1 ano inteiro.

E concluiu:

“A natureza envia sinais da urgência para reduzirmos os gases de efeito estufa. São muitos eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes de um ano para cá.”

Se bem entendi, em linhas gerais, o estrago já está feito no âmbito planetário.

Todos estamos sujeitos a novos – e inesperados – cataclismas.

Brincamos de ‘passar a boiada’, de queimar e derrubar, dedevastar o meio ambiente, de poluir rios e mares e ares, de agredir a Mãe Natureza de todas as formas – e agora temos que saldar a conta.

Há uma réstia de esperança.

Que está nas mãos dos governantes e dos homens.

Agir com sensatez na vã tentativa de minimizar todo o mal que causamos – e não é de hoje.

Lembro uma antiga máxima que aprendi nos livros de contos orientais que pai me deu quando garoto:

“Nunca a Natureza diz uma coisa e a Sabedoria outra.”

Soa tão atual, não?

Nossa total solidariedade ao povo riograndense.

Nossas orações, nossa energia e empatia.

Quem puder ajudar, que ajude!

Separei um endereço aqui no link abaixo:

Instituto MOL

Mas, há outros tantos endereços de apoio à causa.

Inclusive as Agências dos Correios, todas, estão abertas às doações.

Meus caros e preclaros.

Vou lhes contar: tenho alguma experiência nessa área de enchentes e inundações. Não chego a ser um PHD no assunto, mas já topei, ao longo da vida, com poucas e boas.

Leiam:

Enchentes

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