“Os moradores paulistanos viram o Metrôpela primeira vez com alinha chamada Norte-Sul, conhecida hoje em dia como Linha 1- Azul. Inaugurado em 14 de setembro de 1974, o novo meio de transporte ligava os bairros de Santana, na Zona Norte, e Jabaquara, na Zona Sul.”
“Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo, a escolha do traçado foi motivada pela preocupação de descongestionar o já complicado trânsito da capital à época. O projeto começou a ser executado em dezembro de 1968 pelo consórcio HMD, uma associação das empresas alemãs Hochtief e Deoconsult, além da brasileira Montreal. O consórico havia vencido uma concorrência realizada pelo Grupo Executivo Metropolitano, criado em 1966, e que recebeu o nome que tem hoje, Metrô de São Paulo, pouco antes do início das obnras, no dia 24 de abril de 1968.”
“A evolução tecnológica, que aconteceu na década seguinte, influenciou a construção do Metrô da forma que é atualmente..”
* Trechos do livrorreportagem ENTRELINHAS, de autoria de Natália Regazzo e Paula Zanella, apresentado à banca examinadora como trabalho de conclusão do curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo. Fui um dos avaliadores – e pude, ao ler o trabalho, lembrar o meu tempo de repórter. Desenvolvi diversas pautas e reportagens sobre o assunto. Sempre com grande repercussão junto ao público pelas conseqüências políticas, econômicas e sociais que causa.
Certa vez, divulgamos, em primeira mão, o traçado da Linha Vila Prudente/Vila Madalena – e foi um perereco na Redação. Foram milhares de telefonemas durante todo o dia. Os moradores das possíveis áreas atingidas estavam aflitos para saber, com exatidão, quais imóveis seriam ou não desapropriados.
Não tínhamos essa informação – como, de resto, nem a Companhia do Metrô possuía.
Logo uma leva de advogados veio nos procurar, representando o pessoal que se imaginou viria ser atingido. Eles viviam um dilema. Caso fossem desapropriados, perderiam dinheiro pela desvalorização do imóvel, inevitável nesses casos. Caso se salvassem da sanha das máquinas, iriam ganhar uma boa grana, pois o Metrô revitalizaria os arredores de onde quer que passasse.
Encaminhamos os doutos senhores aos responsáveis pelo Metrô para os devidos esclarecimentos.
Por um bom tempo a Assessoria de Comunicação da Companhia do Metrô suava frio sempre que ouvia falar dos repórteres da pequena, mas combativa, Gazeta do Ipiranga.