É um ritual que cumpro todos anos, com esperançosa alegria.
A convite dos professores de Técnicas Jornalísticas, Margarete Pedro e Júlio Veríssimo, percorro as turmas de primeiro semestre do curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo para ser o “ilustre” personagem da primeira ‘entrevista coletiva’ que farão os futuros jornalistas.
Trata-se, na verdade, de um exercício em sala de aula, laboratorial.
Os estudantes devem me crispar com uma saraivada de perguntas sobre minha modesta trajetória profissional (prestes a completar 40 anos) e o cotidiano da função que hoje exerço, de coordenador do curso.
Hoje pela manhã participei de uma dessas desafiadoras sessões.
Falei por hora e tanto – e mais uma vez saí convencido de que o jornalismo do futuro (tenha forma que tiver) está em boas mãos.
Tomara esse encontro tenha sido tão produtivo (e renovador) para eles como foi para mim.
Ouço as questões que me colocam.
Reparo no olhar de cada um deles diante das minhas respostas (será que me entendem?).
Mesmo no silêncio da turma (por vezes, perturbador para o entrevistado)…
E revejo ali, naquele momento, o gratificante resgate de velhos sonhos que um dia sonhei e que, vanja vai vanja vem, ficaram pelo caminho.
Quem sabe esse pessoal não os transforme em realidade e o Jornalismo (e aqui vale J maiúsculo) possa ser o aríete para a construção de um Brasil de todos os brasileiros.