“O positivo no cético é que ele julga tudo possível.”
Erich Von Däniken, em Eram os deuses astronautas?
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Depois de milênios, cá estou a zanzar pela casa entre o real e o insondável, com o exemplar deste best seller que, bem antes dos livros do mago Paulo Coelho, causou um rebuliço daqueles nos anos 70.
Incrementou discussões sobre os dois mil anos da História da Humanidade, com a pergunta até então – e ainda hoje – não respondida:
Eram os deus astronautas?
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A data da edição que tenho em mãos – aquela tradicionalíssima do Círculo do Livro – é de 1976.
O que não fazem esses dias de quarentena – há de exclamar o amigo aí do outro lado da telinha.
Para onde nos levam a verborrágica insensatez de um presidente que perde o posto, mas não perde a piada! – eu lhes digo e paro por aqui para não azedar o post e o dia de hoje.
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Voltemos ao livro…
Confesso que lá, nos mais antigos dos anos, tentei fazer a tal leitura, mas não fui além das primeiras páginas. Até porque logo na Introdução vem o alerta que se pretendia, creio, sedutor:
“Para escrever este livro, foi necessário mobilizar uma grande coragem, que será igualmente indispensável para que alguém o leia.”
Bem, como eu andava, à época, mais empenhado em viver a plenitude dos meus vinte e poucos anos, optei por encaminhar meus laivos de coragem – que nunca foram tantos assim – em algo mais terreno e, vamos lá, prazeroso.
Coisas de rapaz, sonhador, algo irresponsável e inconsequente.
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Sobre a temática da obra – e sua instigante teoria de que há mais mistérios interplanetários na trajetória do Planeta do que ousa sonhar nossa vã Arqueologia – fui me informando via comentários de amigos descolados ou mesmo pela insinuante música do Ben Jor que trata do mesmo assunto. Aquela que fala “de um planeta de possibilidades impossíveis”.
Enfim, a abordagem do alemão Erich ainda hoje dá pano pra manga – ou pra máscaras, pra atualizar o bordão.
Curioso que até onde eu li – 130 de um total de 178 páginas, com letras miúdas – o autor não prevê e sequer faz qualquer citação ao boom da internet que estilhaçou os processos comunicacionais até então vigentes no século 20.
Mudamos muito, desde então. Não sei se para melhor, mas mudamos, não?
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De qualquer forma, a leitura, ainda que trôpega, se faz interessante. Gostei especialmente das referências que faz à civilização suméria e quando descreve as misteriosas e colossais esculturas da Ilha de Páscoa:
“Centenas de vultos gigantescos, alguns com 10 a 20 metros de altura e um peso que atinge até 50 toneladas, fixam ainda hoje e provocadoramente o visitante, como se fossem robôs que estivessem à espera de ser novamente postos em funcionamento.”
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Ele diz que, quando os navegadores europeus ali aportaram no século 18, não acreditaram no que os seus olhos viam.
Ficaram ainda mais encafifados ao descobrir que os nativos chamavam o lugar de Terra dos Homens Pássaros.
Então…
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Então, vou ficando por aqui, amigos.
Serei sincero: não sei direito como terminar a crônica.
Aconselho, por enquanto, a tomar os tais e quais gigantes como exemplo – de boa, quietos em nossos cantos.
Afinal, eles são mudos, mas parecem saber de coisas que mal e mal suspeitamos…
#fiqueemcasa
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O que você acha?