Vocês conhecem bem meu amigo Escova.
Ele é personagem de tantos e tantos posts que falam exatamente de suas, digamos, peraltices no mundo da trampolinagem.
Só para lhes refrescar as ideias, Don Juan das Quebradas dos Mundaréus era o apelido do meu chegado entre os freqüentadores daquele boteco, onde o Sacomã torcia o rabo, na esquina das ruas Bom Pastor e Greenfeld, no Ipiranga.
O Sujinho de boas histórias não existe mais. Ali, agora está a moderna Estação Sacomã do Metrô.
As transformações do tempo mudaram as feições do bairro, mas não jeitão de pensar de Escova que se diz o “encantador de mulheres”.
— Meu querido, você que agora virou professor universitário não quer me convidar para dar uma aula magna sobre o tema “O que pensam e como agem as mulheres”? Seria um sucesso lhe garanto…
Esta e outras, digamos, lorotas tive de ouvir do amigo que resolveu me visitar nesta manhã. Há tempos que eu não o via. Não que ele estivesse com saudades daqueles idos quando a turba de jornalistas mal-ajambrados fazia e acontecia nos confins do Parque da Independência. O que ele queria mesmo era corrigir o grave equívoco que cometi ontem ao publicar aqui, neste modesto espaço, o texto “Bom Conselho”.
Se quiserem dar uma espiadinha, fiquem à vontade.
Eu espero vocês voltarem para continuar o papo.
(…)
Pois, então.
Escova não concorda com nada que escrevi.
Diz que a história é mais simples do que parece.
Segundo ele, a moça não quer nada com o pobre moço, já não tão moço assim.
O que está fazendo é puro jogo de cena.
E acrescentou em tom professoral:
— Quando uma mulher quer algo, meu prezado, derruba muros e cercas, ultrapassa os limites e as fronteiras das convenções, atropela o que chamamos de bom senso e vai à luta. Não deixa pedra sobre pedra.
Diante do meu silêncio, concluiu concluindo:
— Quando fica nesse nhenhenhém, é porque tem algum pimpão na parada – e o nosso amigo é o chamado “regra três”. Vai acabar sobrando… Hoje ou amanhã, mas que vai sobrar vai…
Resolvi não polemizar até em razão de que a autoridade do Escova no assunto é indiscutível.
Vivência não lhe falta.
E querem mesmo saber?
Pensando melhor, tem uma boa parcela de verdade no que ele diz…