Foto: Arquivo Pessoal
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No post de sábado passado (dia7), eu lhes prometi trazer a avaliação do amigo Escova sobre o livro A Cor da Vida e outros contos ligeiramente românticos que lhe enviei como presente de Natal.
Semana pesada, repleta de atropelos, só agora posso cumprir a promessa.
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De início, Escova celebrou a apresentação gráfica como um todo.
Gostou da foto da capa (da amiga Jô Rabelo) e elogiou o trabalho do Zé Reis, autor do design “bem adequado ao projeto do livro”.
Sempre fico temeroso quando o Escova assume ares professorais – nunca sei quando fala sério ou quando está preparando um arapuca para zoações.
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Achou pouco o número de páginas – 120.
“A gente lê numa só sentada”.
Aos mais novos, desconfio, cabe a tradução para linguagem atual.
Significa que a pessoa leu de uma só vez.
O que, para o autor (no caso, este que ora vos escreve), pode soar tanto como elogio como uma eventual crítica.
Ainda mais em se tratando do Escova.
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Perguntei: o que ele achou das histórias e da temática.
Foi lacônico.
“Gostei”.
E passou a falar de si próprio.
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Normal.
Até porque alegou tem largo conhecimento nos meandros de romances “que ficam soltos no tempo como um blues do Djavan”.
Inevitável lembrar que, em idos e vividos tempos (que eu pude acompanhar), ele carregou, por merecimento e caradurismo, a alcunha de Dom Juan das Quebradas do Sacomã.
Era assim que o chamávamos naquele boteco da esquina da rua Bom Pastor com a Greenfeld, onde hoje se exibe imponente a Estação Sacomã do Metrô:
“Um traste”.
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Sobre o conteúdo das narrativas, não foi modesto.
Disse que se viu de forma, digamos indireta, na maior parte dos oito contos que publiquei.
Que, para ser sincero, tem certeza que o protagonista de uma das histórias – Eles não sabiam – foi inspirado numa de suas trepidantes aventuras amorosas.
“Já fui bom nisso! Lembra?”
Me garantiu que não vai cobrar royaltes pela apropriação indébita – e que fiz bem em não citá-lo nominalmente.
Afinal, hoje é um vovô dos mais dedicados.
“Um grand-père de duas lindas francesinhas que lhe colorem os dias e a existência entre uma lembrança e outra”.
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Escova é um romântico.
Algo presunçoso, diria,
Mas, meu amigo – e até gosto do jeito suave que toca a vida.
Quase sempre se vê como o centro do mundo.
Sei que não faz por mal. E, repito, é meu amigo.
Mesmo distante, repito: é meu amigo.
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Além do que, não tive como desmenti-lo.
Ficaria mal comigo mesmo se lhe dissesse que, no auge de suas estripulias amorosas, não havia celular, peça chave no conto que traz a conversa entre o casal que se separou e se fala, por impulso, num data muito especial, dedicada a…
Tá curioso?
Leia o livro…
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O que você acha?