Personagem de tantas e tantas jornadas por aqui, nunca lhes apresentei formalmente o grande Escova, Dom Juan das quebradas do Sacomã, São João Clímaco, Ipiranga e arredores.
Uma falha imperdoável que hoje tentarei corrigir.
Aviso logo e porém não se tratar de uma biografia não autorizada do moçoilo – não tão moçoilo assim – até porque, vocês me conhecem e sabem, não sou dado a esses rigores.
Por outra, e como diria Djavan sobre o amor, por ser exato também o Escova não cabe em si.
Valem mais as histórias que vive – ou, digamos, imagina viver.
Por isso, começo dispensando o nome de batismo. Fiquemos, pois, com o apelido, Escova, que ganhou por motivo óbvio (o corte de cabelo) nos tempos do tiro de guerra.
Ou seja, muitos anos antes do ‘moicano’ do Neymar, o nosso herói já fazia escola na arte de pentear-se estranha e bizarramente.
Escova sempre esteve além do seu tempo.
Para facilitar o entendimento, tento agora defini-lo a partir de comparações com figuras conhecidas.
Se fosse humorista, ele seria o saudoso Zé Trindade. Não só pela pança, mas principalmente pelo célebre bordão:
— Mulheres, cheguei!!!
Se fosse personagem do Chico Anysio, estaria entre o Bozó e o Azambuja.
Lembram-se deles?
Um era o conquistador descarado e o outro o rei do lerolero.
Se fosse cantor, eu diria que ele se parece com o Fábio Júnior, mais pela ‘fome’ do que pela voz. É certo que dizem pela aí que ele está perdendo terreno para o filho, Fiuk.
Ao que consta, Escova não tem filho algum para lhe embaçar o reinado.
Por isso, se imagina eterno como mostra a entrevista que nos concedeu e que publicarei amanhã.
O blog não é assim um Jornal Nacional, mas tem lá as suas ‘exclusivas’.