Ops…
Eu também quero cornetar.
Qual brasileiro, ilustre ou anônimo, que abre mão de dar uns pitacos em dia de convocação da seleção brasileira?
(Especialmente quando a chamada da CBF é para valer, e após tantos anos de, digamos, listas de experiências.)
O mote de todas as discussões, desta feita, foi a ausência de Ronaldinho Gaúcho, o boleiro bom-de-bola que vem ditando o ritmo e a dinâmica do Atlético Mineiro, inquestionavelmente o melhor time do País, na atual temporada.
Outros não-chamados (Kaká, Pato, Ramires e Ralf) não mereceram maior atenção diante da surpresa e da polêmica tipicamente “felipesca”.
Lembram-se que, em 2002, o técnico não levou Romário para o Mundial, apesar do alarido geral (e global) do público e da crônica esportiva.
Há quem inclusive – entre os jornalistas esportivos – que sustente a ideia de que Felipão e outros técnicos de renome têm uma tendência a hostilizar (e mesmo abrir mão de) do principal jogador de um clube ou de uma seleção. Assim todas os holofotes se concentrem no próprio trabalho do ‘estrategista’.
Prefiro não legitimar a hipótese, especialmente no caso de Luiz Felipe Scolari.
Também não lamento a não-convocação de Ronaldinho.
Explico o porquê.
Vejo nesta convocação a chance de consolidação da nova safra de boleiros – Neymar, Lucas, Thiago Silva, David Luiz, Oscar, Jadson, Bernard e Cia. A Copa das Confederações é uma oportunidade única para ver como essa turma reage a uma competição oficial.
Não teremos outra experiência deste porte até o Mundial em 2014.
Ademais, não faz muito – mais especificamente no dia 24 de abril – registrei aqui mesmo, no blog, meu descrédito em relação à geração de Ronaldinho, Kaká, Robinho e que tais. O goleiro Júlio César, inclusive.
Lembrem o que escrevi:
“Na boa – e sem desmerecer o que já fizeram (que é muito, mas não é o que imaginávamos): se não aconteceram em termos de seleção até agora, não é depois dos 30 que serão o que nunca foram – e, desconfio, não têm mais disposição em ser. Juro que ontem, em frente à TV (assistia ao jogo da seleção contra o Chile), torci para que Felipão trocasse Ronaldinho por Osvaldo e passasse Jadson para o meio, só para ver se o time ganhava um tantinho mais de vida e ritmo. Foi só um devaneio”.
Enfim… Fecho com Felipão, e vamos à luta.
*Só um adendo, eu testaria Jeferson ou Cavalieri no gol. A gente já sabe quem é o Júlio César na seleção…