Foto: Projeto Memórias dos Boleiros/Museu do Futebol
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Leio no UOL, no Blog do Mílton Neves desta sexta-feira (21), que é aniversário do artilheiro Evair.
60 anos.
Parabéns, campeão!
Saudades de vê-lo em campo.
Meu eterno reconhecimento.
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Não lembro se Evair nas inesquecíveis atuações que teve pelo Meu Palmeiras usava a camisa 9.
Até desconfio que não.
É detalhe que, convenhamos, pouco importa.
Importam, sim, os gols que o craque fez e a enorme falta nos faz hoje em dia.
O goleador – e batedor de pênaltis – com quem o palmeirense sonha dia sim e outro também.
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Eu, por exemplo.
E olhem que tenho (in)certo tempo de arquibancada – de 1959 para cá, acompanhei todos os feitos e os desfeitos do Verdão.
Vi grandes centroavantes em ação.
Verdadeiros camisas 9, pois naqueles idos o time principal entrava em campo com a numeração regular de 1 a 11.
E o 9 inevitavelmente era o artilheiro, o fazedor de gols.
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Puxo pela memória – e tento revivê-los enquanto caminho sob o sol da manhã.
No título do Super Campeonato Paulista de 1959, diante do Santos de Pelé, o 9 era Nardo. Paulistano do Brás, jogou 160 jogos e fez 57 gols pelo Palmeiras. (Por coincidência, tomei conhecimento desses números dias desses, numa resenha de algum site palestrino.)
No Paulista de 1963, o 9 campeão era ninguém menos do que Vavá, centroavante do escrete nos mundiais de 1958 e 1962. Lembro porque estava na arquibancada do Pacaembu na partida que decidiu o título diante do Noroeste de Bauru e Palmeiras venceu por 3 a 1. (Meu pai, o Aldão, preferia ver o jogo junto ao alambrado e um rojão estourou bem próximo a ele e fez um estrago danado em uma de suas pernas. Fui encontrá-lo no ambulatório do estádio depois do jogo em meio às comemorações pelo título. Ô memória!).
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No time que representou o Brasil em 1965, na inauguração do Mineirão, os hábeis Servílio e Tupãzinho se revezavam na função de artilheiros.
(Os onze que entraram em campo naquele histórico 7 de setembro, diante da seleção do Uruguai, foram: Valdir, Djalma Santos, Djalma Dias, Waldemar Carabina e Ferrari, Dudu e Ademir da Guia, Julinho, Servílio Tupãzinho e Rinaldo.)
Depois vieram Ademar Pantera, o irreverente César Maluco, o argentino Artime, o catarinense Toninho (fez dupla memorável com Jorge Mendonça), Gaúcho… Quem mais?
Creio que esses foram os mais representativos até chegar à Era da Parmalat e o nosso aniversariante notável, o Evair.
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Mais adiante ainda tivemos Luizão, com boa passagem naquele time de 1996 que marcou mais de 100 gols, campeão do Paulista e tal. Mas, foi uma passagem breve.
Em 2008, campeão paulista, Alex Mineiro também merece citação.
A partir de então, pode se dizer que vivemos o transcendental vazio.
Exagero?
Gabriel Jesus e Endrik fizeram muitos gols, é verdade. Mas, não eram o nove_nove propriamente dito.
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Nossa torcida permanece órfão de ti, grande artilheiro Evair Aparecido Paulino.
Vida longa ao ídolo e goleador!
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TRILHA SONORA
Uma das minhas canções preferidas que falam de futebol e do amor do brasileiro pelo esporte:
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O que você acha?