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Extra! Extra!

Recolho as notícias do dia para a crônica de hoje.

Não são nada alvissareiras, como de costume.

II.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, autorizou nesta sexta-feira (30) que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) volte ao Senado e, consequentemente, volte a exercer atividades de seu mandato. A decisão tem efeito imediato.

O ministro também negou o pedido da Procuradoria Geral da República para que Aécio fosse preso preventivamente.

“Sempre acreditei na Justiça” – comemorou o senador tucano.

É mesmo de emocionar.

Um santo senador que passa por necessidades, por nunca ter enriquecido com a vida pública, é flagrado numa conversa ao telefone em que pede 2 milhões de reais a alguém que ele, inocente, julgou ser um amigo – e ainda tem gente maldando sobre a reputação alheia.

Estou – e imagino você também, caro leitor – sinceramente comovido e, cada vez mais, ciente dos propósitos democráticos de alguns juízes do STF.

III.

Por falar nisso, outra notícia que colho no Blog do Josias, jornalista político:

“Gilmar Mendes recebeu para o jantar Michel Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha. O dono da casa é ministro do Supremo Tribunal Federal. Os visitantes, encalacrados em inquéritos que correm na Corte Suprema, são matéria-prima para futuras sentenças do anfitrião. O que aconteceu entre uma garfada e outra só os comensais podem dizer. Mas restou uma evidência: Gilmar, Temer, Moreira e Padilha mastigaram o recato. Esqueceram de maneirar.”

Não, amigo, não pense bestagem aí do outro lado da telinha. São eminentes figuras republicanas. Jamais confabulariam em defesa do interesse deste ou daquele.

Quem assim pensar, e for morador de São Paulo, não merece ter o magnânimo João Dória como prefeito. O João Trabalhador, como ele se auto-intitulou na campanha.

IV.

Ops…

Extra. Extra.

Notícia de última hora.

Soube agora que o ministro Edson Fachin acaba de revogar a prisão preventiva do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), aquele que sai do restaurante com uma mala com 500 mil reais de propina.

Mas, Fachin impôs condições. O amigo do Presidente Tabajara não poderá sair à noite, não pode entrar em contato com outros investigados, não pode sair do País e deve usar tornozeleira eletrônica.

Ah, bom agora estou mais tranquilo..

V.
Em vista disso, vamos dar uma amenizada.

Há quinze anos, o Brasil conquistou o pentacampeonato. Lembro a manhã de domingo ensolarada – e a rapaziada nas ruas, na maior algazarra e alegria depois da vitória contra a Alemanha por 2 a 0. Da sacada do apartamento onde moro, acompanhei a cena, com alguma emoção, mas com o recato necessário a um circunspecto senhor recém-chegado aos 50 anos.

No jornal, escrevi um texto sobre a inesquecível conquista da turma do Felipão.

Se bem me lembro, título foi:

“Brasil. O País do futebol e da esperança”.

VI.

30 de junho de 2017.

Ouso dizer e lamentar que hoje não temos uma coisa, nem outra. Mas, é importante salientar: a luta contínua…