Sopa no mel.
Está no home do Uol, reportagem da Folha.com.
“Falcão admite ser técnico, após 16 anos.”
O Santos anda à deriva na busca de um treinador.
Procurou Abel Braga, Dunga. Namora Ney Franco, da seleção sub-20.
Vãs tentativas.
Abel e Dunga disseram não.
Abel, por não aceitar a quebra de contrato que termina em maio com o Al Jazhera.
(Na verdade, dizem, já está apalavrado com o Inter.)
Dunga prefere trabalhar fora do País.
Espera o fim da temporada na Europa para ver se se confirma proposta de um clube italiano.
Ney Franco, dificilmente, deixará a CBF, mesmo que por meses.
Não tem nada a ganhar – e pode comprometer o bom início de trabalho nas categorias de base da seleção.
Além da saudade de Dorival Júnior, os dirigentes do Santos (com início de gestão tão promissor) convivem agora com a aridez de nomes confiáveis no mercado.
Modestamente, o blogueiro apostaria no reestreia de Paulo Roberto Falcão.
Foi um dos grandes nomes do futebol brasileiro da era pós Pelé.
Dizia-se à época “o jogador total”.
Conhece futebol como poucos.
Um dos raros ex-boleiros que comentam futebol sem ser passional.
Sabe o que diz.
É verdade que se precipitou a começar uma carreira, como a de técnico, justamente pelo maior desafio de todos os técnicos: cuidar da seleção brasileira.
Mesmo assim, fez um trabalho interessante de renovação.
Os frutos de sua passagem pela CBF se confirmaram em 94.
Seria uma bela jogada vê-lo à frente do Santos de Neymar, Ganso e Cia.
Todos ganhariam.
Os atletas pelo modelo de jogador que Falcão um dia foi.
O Santos, que teria um profissional corretíssimo a comandar sua geração de ouro.
O futebol, pois teríamos um nome que preza a ética em suas fileiras.
E, por fim, nós todos que gostamos do futebol como espetáculo.